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Polícia francesa fecha mesquitas por radicalização

2 de dezembro de 2015

Pela primeira vez, autoridades fecham as portas de templos islâmicos, como parte da megaoperação de segurança iniciada após ataques terroristas. Mais de 260 pessoas já foram presas e mais de 300 armas, apreendidas.

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Foto: REUTERS/Youssef Boudlal

A polícia francesa fechou nesta quarta-feira (02/12) uma mesquita supostamente radical em Lagny-sur-Marne, 30 quilômetros a oeste de Paris. Trata-se do quarto templo islâmico fechado desde os ataques terroristas do último dia 13 de novembro.

Segundo o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, após as buscas na mesquita de Lagny-sur-Marne, investigadores encontraram documentos jihadistas, colocaram nove pessoas sob prisão domiciliar e proibiram outras 22 de deixar o país.

Também foi apreendida uma pistola de nove milímetros, e um dos "líderes" da mesquita foi detido. "Três pseudo associações culturais" ligadas ao templo estão sendo dissolvidas, disse o ministro.

Cazeuneve afirmou a jornalistas que as autoridades já haviam fechado outras duas mesquitas na semana passada. Mais tarde, ele disse a legisladores no Parlamento que uma quarta mesquita foi fechada em Nice, no sul do país. Foi a primeira vez que a França tomou tal atitude contra templos religiosos suspeitos de alimentar o que o ministro chamou de "radicalização islamista".

"Tais medidas para fechar mesquitas devido à radicalização nunca foram tomadas antes por um governo, incluindo durante o último estado de emergência, em 2005", afirmou.

As outras duas mesquitas fechadas ficam em Gennervilliers, ao norte de Paris, e na pequena cidade de L'Arbresle, próxima a Lyon. Autoridades afirmaram que a sala de oração em L'Arbresle foi usado por extremistas suspeitos de ter contato com outros na Síria.

O fechamento dos templos faz parte de uma megaoperação de segurança iniciada após os ataques de 13 de Novembro, que deixaram 130 mortos e foram reivindicados pelo "Estado Islâmico" (EI). Cazeneuve afirmou ao Parlamento que 2.235 buscas foram conduzidas desde o início do atual estado de emergência, que deve durar até fevereiro, levando a 263 prisões. Mais de 300 armas de fogo foram apreendidas.

LPF/afp/rtr/dpa