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Polícia filipina promete punir culpados por fogo em fábrica

14 de maio de 2015

Autoridades querem punição de responsáveis por tragédia que matou ao menos 72 pessoas numa fábrica de calçados em Manila. Parentes das vítimas reclamam de más condições de trabalho e desrespeito a normas de segurança.

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Foto: Reuters/Al Falcon

Autoridades prometeram punir os responsáveis pelo incêndio que matou pelo menos 72 pessoas numa fábrica de calçados em Manila, capital das Filipinas.

O fogo se alastrou rapidamente nesta quarta-feira (13/05), através de um dos dois andares do prédio, onde eram produzidos chinelos de borracha. Investigadores acreditam que faíscas de equipamentos de soldagem inflamaram produtos químicos nas proximidades, provocando grande explosão.

Bombeiros passaram esta quinta-feira retirando corpos carbonizados das ruínas. A polícia promete que será instaurado processo contra os responsáveis.

"Alguém vai ser definitivamente processado por causa das mortes. Não importa se foi um acidente, pessoas morreram. Agora, estamos investigando para definir exatamente o que aconteceu. Pois alguém será responsabilizado", declarou o chefe nacional de polícia, Leonardo Espina.

Janelas fechadas

A fábrica é localizada em Valenzuela, no subúrbio no extremo norte de Manila, entre uma série de outras fábricas. Um parente de quatro funcionários na fábrica afirma que as janelas eram fortemente fechadas.

Segundo Dionesio Candido, grades de ferro e cercas de arame cobriam as janelas no segundo andar, proteção que "poderia impedir mesmo gatos de escapar". Ele foi autorizado a entrar no edifício, onde viu restos de corpos carbonizados "empilhados uns sobre os outros". "Quando os vi, percebi que nenhum pai ou irmão seria capaz de identificar as vítimas."

Sobreviventes afirmam que os funcionários ganham menos do que o salário mínimo, não foram instruídos nem tomaram conhecimento das normas de segurança, e têm que trabalhar perto de produtos químicos mal cheirosos. Alguns ressaltaram que só conseguiram escapar por estarem perto de uma das poucas saídas do edifício.

Incêndios são relativamente comuns nas Filipinas, onde as normas de segurança são pouco rígidas.

MD/rtr/afp