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Polícia Federal deflagra 23ª fase da Lava Jato

22 de fevereiro de 2016

Cerca de 300 agentes cumprem 51 mandados judiciais em operação denominada Acarajé. João Santana, publicitário das campanhas eleitorais de Lula e Dilma, além da construtora Odebrecht, estão entre os alvos.

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Foto: picture-alliance/dpa/M. Brandt

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira (22/02) a 23ª fase da Operação Lava Jato, com operações realizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Cerca de 300 policiais federais cumprem 51 mandados judiciais, sendo 38 de busca e apreensão, seis de prisão temporária e cinco de condução coercitiva.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o publicitário João Santana, responsável pelas campanhas eleitorais do Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições presidenciais de 2006 (com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) e 2010 e 2014 (com a presidente Dilma Rousseff), e a construtora Odebrecht são os principais alvos da operação.

A nova fase da Lava Jato investiga os indícios de pagamentos da empreiteira ao marqueteiro em contas bancárias no exterior, além de um suposto envolvimento da Odebrecht em eleições presidenciais no Panamá.

O objetivo das investigações desta fase é o cumprimento de medidas cautelares, a partir de representação da autoridade policial, relacionadas a três grupos: um grupo empresarial responsável por pagamento de vantagens ilícitas; um operador de propina no âmbito da Petrobras; e um grupo recebedor, cuja participação fora confirmada com o recebimento de fundos já identificados no exterior em valores que ultrapassam 7 milhões de dólares.

Os mandados judiciais são cumpridos nas cidades baianas de Salvador e Camaçari, nos municípios fluminenses de Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Petrópolis e Mangaratiba, além de na capital paulista, em Campinas e Poá.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da 13ª vara da Justiça Federal.

A 23ª Fase da Operação Lava Jato foi denominada Acarajé, em alusão ao termo utilizado por alguns investigados para nominar dinheiro em espécie.

PV/abr/rtr/ots