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Poloneses protestam contra endurecimento das leis do aborto

24 de março de 2018

Atos reúnem milhares em várias cidades do país. Governo tenta pela segunda vez restringir legislação que já é uma das mais limitadas da Europa.

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Atoem Varsóvia contra endurecimento das leis do aborto na Polônia
Ato em Varsóvia reuniu ao menos 20 mil pessoasFoto: picture-alliance/Zumapress/I. Berezowska

Milhares de poloneses protestaram nesta sexta-feira (23/03) em diversas cidades da Polônia contra os planos do governo para endurecer as leis do aborto no país.

Em Varsóvia, homens e mulheres carregavam cartazes em forma de mão com a palavra "pare". Os manifestantes pediam o direito de escolha. Segundo a prefeitura, cerca de 55 mil pessoas participaram do ato na capital. A polícia estimou 20 mil.

Leia também: A legislação sobre aborto no mundo

"Não vim aqui para falar de política, mas para defender nosso direito de escolha sobre nossos corpos", afirmou Agnieska Siwek.

Parte dos manifestantes se reuniram na frente do Parlamento e outra na sede da arquidiocese de Varsóvia antes de marcharam até a sede do partido governista Lei e Justiça (PiS).

Protestos semelhantes ocorreram em Cracóvia, Gdańsk, Poznań, Estetino e Breslávia.

A proposta de lei apresentada pelo governo visa restringir ainda mais o aborto no país, que já possui uma das legislações mais restritivas sobre a questão entre os países da União Europeia (UE). Atualmente, a interrupção da gravidez na Polônia é permitida somente em casos de estupro, incesto, malformação grave do feto ou risco à vida da mulher.

O projeto de lei, aprovado por uma comissão parlamentar nesta semana, proíbe o aborto em casos de malformação grave do feto, que representam 90% dos procedimentos realizados no país. A proposta é criticada por grupos de direitos humanos, inclusive pela ONU e pelo Conselho Europeu.

Essa é a segunda tentativa do governo para endurecer as regras de aborto no país. Em outubro de 2016, um projeto que proibia quase totalmente a interrupção da gravidez gerou protestos em massa e acabou rejeitado pelo Parlamento.

CN/rtr/afp

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