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Polícia Federal prende ex-governadores Garotinho no Rio

22 de novembro de 2017

Anthony e Rosinha Matheus são acusados de integrar esquema ilícito de arrecadação de verbas de campanha. Prisões ocorrem no âmbito da Operação Chequinho, deflagrada pela PF e Ministério Público Estadual.

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Anthony Garotinho e sua esposa são acusados de integrar organização que arrecadava verbas para campanha de forma ilícita
Anthony Garotinho e esposa são acusados de integrar organização que arrecadava verbas para campanha de forma ilícitaFoto: picture alliance/E. Contuedo

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (22/11) os dois ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e Rosinha Matheus Garotinho, no âmbito da Operação Chequinho, que investiga a arrecadação de dinheiro ilícito para financiamento de campanhas eleitorais.

Ambos são acusados de integrarem, com outras seis pessoas, uma organização criminosa que arrecadava de forma ilícita, até mesmo mediante extorsão, recursos financeiros junto a empresários para financiar as campanhas eleitorais deles próprios e de aliados.

Garotinho foi preso em seu apartamento na Praia do Flamengo, na zona sul da cidade, enquanto a ex-governadora foi detida em sua casa em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.

Leia também: "Única mala" não comprova corrupção, diz novo diretor da PF

O esquema, que teria sido utilizado nas eleições municipais de 2016, envolve o programa Cheque Cidadão na cidade de Campos dos Goytacazes. O Ministério Público Estadual (MPE) do Rio de Janeiro afirma que, em troca de votos, a prefeitura oferecia inscrições fraudulentas no programa, que fornece 200 reais por mês aos beneficiários.

A operação da PF foi iniciada em setembro de 2016, após a PF e o MPE verificarem que, em apenas dois meses, o número de inscritos no Cheque Cidadão aumentou de 12 mil para 30 mil. Durante as investigações, vários vereadores e beneficiários do esquema foram presos. Todos os indiciados já foram soltos.

Suledil Bernardio, ex-secretário de governo de Rosinha, também é um dos alvos da operação. Há ainda um mandado de prisão contra o presidente nacional do PR e ex-ministro dos Transportes Antônio Carlos Rodrigues. Ele teria intermediado o repasse do financiamento ilícito à campanha do ex-governador em 2014.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) derrubou a prisão domiciliar de Garotinho em setembro. Ele havia sido preso no mesmo mês após ser condenado na primeira instância da Justiça Eleitoral a quase dez anos de prisão, além de ser multado em 210.825 reais. A sentença acabaria sendo reduzida para prisão domiciliar.

A assessoria de imprensa de Garotinho negou que ele e os demais acusados tivessem cometido qualquer irregularidade.

RC/abr/ots

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