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Políticos apostam no apoio de famosos

lk7 de setembro de 2002

A duas semanas da eleição parlamentar, multiplicam-se as manifestações de nomes sonoros da cultura, do show business e do esporte em favor de um ou do outro candidato a chanceler federal.

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O Nobel de Literatura Günter Grass foi dos primeiros VIPs a assumir posição políticaFoto: AP

Na Alemanha, os eleitores votam num partido e não numa pessoa, não se cansam de repetir os políticos. Mas diante de cartazes que insistem em mostrar apenas os candidatos ao cargo de chanceler federal, do debate televisivo que todos chamam de "duelo" e outros sinais evidentes, ninguém mais duvida que a personalização é uma das características mais marcantes da atual campanha eleitoral.

Um desses sinais evidentes é a prática cada vez mais freqüente de recorrer aos famosos para fazer propaganda. Intelectuais, artistas e esportistas lançam manifestos em favor da reeleição de Gerhard Schröder: Günter Grass, Jochen Gerz, Udo Lindenberg, Volker Schlöndorff, Jürgen Klinsmann, só para citar alguns...

Outros artistas, cantores e esportistas apóiam o candidato da oposição conservadora, Edmund Stoiber: Joachim Fuchsberger, George Hackl, Nicole Upphoff, o ex-astronauta Ernst Messerschmid e a ex-Miss Mundo Petra Schürmann.

Programas e conteúdos não importam no caso. O que interessa são as caras e a sonoridade dos nomes. Quanto mais famoso, melhor... Mas há famosos tanto entre os que apóiam uma facção quanto entre os que simpatizam com a outra. Praticamente para todos os perfis de eleitores, há um VIP adequado nas propagandas de um e do outro candidato.

Günter Grass e Romy Schneider

Tudo começou em 1969, quando o escritor Günter Grass e a atriz Romy Schneider manifestaram publicamente sua simpatia pelo Partido Social Democrático (SPD) e seu então candidato, Willy Brandt. Naquela época, foi uma coisa nova, o fato de famosos assumirem em público suas preferências partidárias, afirma o cientista político Franz Walter, de Göttingen.

Em 1972, Grass não se limitou a declarações: participou ativamente da campanha de Brandt, falando em 365 comícios e eventos políticos. Hoje, basta uma frase colocada no site do candidato na internet, acompanhada de assinatura e foto. Em tempos em que a encenação na mídia é o mais importante, isto parece bastar para conquistar votos.