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Petrobras anuncia venda de 13,7 bilhões de dólares em ativos

Fernando Caulyt3 de março de 2015

Montante é 25% maior que o de plano divulgado anteriormente. Com medida, estatal pretende se concentrar em investimentos prioritários, com cortes nas áreas de exploração e produção; abastecimento; e gás e energia.

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Foto: Yasuyoshi Chiba/AFP/Getty Images

A Petrobras anunciou na noite desta segunda-feira (02/03) que, como plano de desinvestimento, venderá 13,7 bilhões de dólares em ativos em 2015 e 2016. O volume de desinvestimento aprovado é 25% maior do que o montante inicialmente divulgado pelo Plano de Negócios e Gestão para os anos de 2014 a 2018, que era de até 11 bilhões de dólares.

"Este plano faz parte do nosso planejamento financeiro que visa à redução da alavancagem, preservação do caixa e concentração nos investimentos prioritários, notadamente de produção de petróleo e gás no Brasil em áreas de elevada produtividade e retorno", disse a empresa em comunicado.

Segundo a nota, o desinvestimento de 13,7 bilhões será dividido entre três áreas. A primeira delas é o setor de exploração e produção no Brasil e no exterior, que será responsável por 30% dos recursos e que, segundo o jornal Folha de S. Paulo, poderá realizar a venda parcial ou integral de campos de óleo e gás.

Outros 30% virão de ativos do setor de abastecimento, que inclui dutos, refinarias, terminais e a rede de postos de combustíveis. Os 40% restantes virão da área de gás e energia, com a possível venda de ativos de empreendimentos como termelétricas, gasodutos e unidades de produção de fertilizantes, segundo a Folha.

A estatal diz, ainda, que o valor aprovado de 13,7 bilhões de dólares é "a nossa melhor estimativa". No entanto, ela é "sensível a variáveis de mercado, tais como a cotação do barril de petróleo tipo Brent, taxa de câmbio, crescimento econômico e mundial, entre outras", o que significa que alterações em plano de investimentos ainda podem ocorrer.

De acordo com o comunicado, cada operação de venda será avaliada e aprovada pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração, além de órgãos reguladores no Brasil e no exterior, quando necessário.

Os casos de corrupção, a pressão por liquidez e o grande endividamento da empresa, de mais de 330 bilhões de reais, levaram a agência de classificação de risco Moody's a rebaixar a nota de risco de crédito da Petrobras na semana passada. A nota passou de Baa3 para Ba2, ou seja, a estatal perdeu o grau de investimento e passou para o grau especulativo.