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Pequenos buscam brilho na final da Copa da Uefa

Gabriel Fortes10 de maio de 2006

Inglês Middlesbrough faz a maior partida de sua história nesta quarta-feira contra o espanhol Sevilla, que comemora o seu centenário, em decisão do futebol europeu na Holanda.

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Coadjuvantes, clubes projetam sucesso com vitrineFoto: picture-alliance/dpa/DW

Às vésperas da Copa do Mundo, os holofotes da elite do futebol europeu estão direcionados para Barcelona e Arsenal, que no dia 17 se enfrentam na decisão da Liga dos Campeões. Mas na noite desta quarta-feira (10/5), em Eindhoven (Holanda), o Middlesbrough e o Sevilla fazem prévia do desafio Inglaterra x Espanha na final da Copa da Uefa.

O provinciano time inglês aposta na motivação de seus jogadores, que chegaram ao jogo derradeiro depois de uma semifinal milagrosa contra o Steua Bucarest, da Romênia, e ainda na capacidade de seu treinador Seteve McClaren, contratado para assumir a seleção nacional após a Copa do Mundo.

Este é encarado como o duelo mais importante dos 130 anos de história da equipe, que conta como maior conquista de sua existência o troféu da Copa da Liga Inglesa, em 2004. Dezoito anos antes, o clube quase decretou falência, mas conseguiu sobreviver financeiramente dentro do exigente sistema financeiro da Premier League, a primeira divisão do futebol inglês.

Steve McClaren
Treinador inglês quer mais um milagreFoto: picture-alliance/dpa

"Nós temos um time bastante experiente", disse McClaren, esperançoso ainda com alguns de seus jovens. "Contratamos cinco ou seis atletas bem experientes quando demos início a este torneio europeu, e este é o motivo do nosso sucesso. São atletas de grandes jogos, e eles gostam disso", explicou.

Dois deles, Mark Viduka e Jimmy Floyd Hasselbaink, tiveram participação importante na campanha da equipe, mas não foram vitais como o centroavante Massimo Maccarone.

Foi o italiano quem levou o Boro, como o time é carinhosamente chamado por seus torcedores, à decisão. Marcou o gol decisivo na semifinal contra o Steua, em Riverside, na vitória por 4 a 2, e fez também o tento da classificação nas quartas-de-final, no 3 a 1 aplicados sobre o suíço Basel.

Apesar do otimismo inglês, McClaren preferiu jogar o favoritismo para o lado espanhol. "Uma vitória nossa seria a cereja do bolo, mas o Sevilla é o grande favorito. Eles têm um bom histórico em competições como esta e estão bem no Campeonato Espanhol", argumentou.

Favorito?

Não é assim que os espanhóis encaram o duelo na Holanda. O desafio é preocupante para o Sevilla, que busca brilho no ano de seu centenário. O time não ergue um troféu desde 1948.

Por isso, a cautela foi imposta pelo treinador Juande Ramos como meta para os atletas. Ele acredita que o Boro é um grande rival, que, por sua força ofensiva, é capaz de operar um novo "milagre" na Copa da Uefa.

Pressekonferenz vor UEFA-Cup-Finale in Eindhoven
Jose Maria Cruz (e), gerente do Sevilla, em coletivaFoto: picture-alliance/dpa

"Nós estamos cientes em relação ao que eles podem produzir. Se um time consegue marcar gols como eles marcam, é porque são grandes adversários", afirmou Ramos. "Até mesmo quando começam perdendo, eles conseguem acreditar em seu potencial e reverter o placar, fazendo milagres", emendou.

Para o time espanhol, milagre na verdade seria conqusitar o título europeu. "É um sonho estar nesta final. Pelo time, pelo Sevilla e pela Andaluzia. Faremos muitas pessoas felizes se vencermos", projetou o treinador.

O time espanhol, a exemplo do inglês, conta com sua força máxima nesta noite. O brasileiro Luís Fabiano deve ser o titular no ataque ao lado do argentino Javier Saviola, já que o artilheiro Frederic Kanoute ainda está se recuperando de uma lesão.

MIDDLESBROUGH (ING) x SEVILLA (ESP)

Data: 10/5/2006 (Quarta-feira)

Local: Philips Stadium, em Eindhoven (Holanda)

Horário: 20h45

Árbitro: Herbert Fandel (Alemanha)

Middlesbrough

Schwarzer; Parnaby, Riggott, Southgate e Queudrue; Parlour, Cattermole, Boateng e Rochemback; Downing e Viduka

Técnico: Steven McClaren

Sevilla

Palop; Alves, Navarro, Escude e David; Marti, Navas, Maresca e Adriano; Kanoute (Luís Fabiano) e Saviola

Técnico: Juande Ramos