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Partido Verde deve nomear Fischer "cabeça de chapa"

(sv)18 de janeiro de 2002

Indo contra uma decisão antiga das bases do partido, verdes devem optar neste final de semana por uma "personalização" de sua chapa nas próximas eleições.

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Líderes verdes Claudia Roth e Fritz KuhnFoto: AP

Os verdes alemães reúnem-se a partir da tarde desta sexta-feira (18) na cidade de Magdeburg, no que é conhecido como "a pequena convenção" do partido. Em dois dias de debates, representantes dos diretórios regionais e membros do Conselho do Partido irão decidir sobre mudanças internas, que provavelmente irão definir o atual ministro das Relações Exteriores, Joschka Fischer, como o líder da chapa verde nas próximas eleições nacionais de setembro.

O partido rejeitava até então qualquer "personalização" de suas chapas, prática comum a seus adversários e mesmo parceiros na política alemã. A decisão de escolher Fischer deverá ser formalizada apenas na próxima segunda-feira, mas rumores internos levam a crer que o nome de Fischer já está definido.

Sete cabeças

- O ministro do Meio Ambiente, Jürgen Trittin, também do Partido Verde, defendeu nesta sexta-feira a escolha de uma "equipe de sete cabeças" para encabeçar a chapa verde, sob a liderança de Fischer. Uma vez que os verdes defendem o prosseguimento da coalizão de governo entre verdes e social-democratas em caso de vitória do SPD sobre a CDU nas próximas eleições, "isso deverá ficar claro na escolha de Fischer" como líder de seu próprio partido, acentuou Trittin.

Globalização

- Da pequena convenção dos verdes participam 84 representantes das bases do partido, ao lado de 16 membros do Conselho Partidário e cerca de 70 delegados de associações regionais. No encontro, serão ainda discutidos temas mais abrangentes como a integração européia, as conseqüências da globalização, a abertura de mercados, causas relacionadas à defesa do meio ambiente, a defesa dos direitos humanos e a proteção aos países em desenvolvimento.

O administrador geral do partido, Reinhard Bütikofer, acentuou que os verdes "não estão de acordo com os ativistas antiglobalização em todos os pontos". Segundo Bütikofer, os verdes não são, por exemplo, contrários a qualquer processo de privatização.

Reformas

- De acordo com o presidente do partido, Fritz Kuhn, os verdes têm boas chances de ir além dos resultados alcançados nas últimas eleições de 1998, das quais saíram com a marca dos 6,7%. Kuhn acentuou o caráter de "motor de reformas" exercido pelos verdes dentro da coalizão de governo, como o casamento entre homossexuais, os novos direitos de estrangeiros, novas regras na política agrária e de defesa do consumidor, além de um distanciamento do uso de energia atômica.