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Parlamento alemão lembra vítimas do genocídio em Ruanda

4 de abril de 2014

Na presença de Merkel, deputados debatem o papel da comunidade internacional na prevenção de massacres como o de 1994 e alertam sobre a necessidade de agira em relação aos conflitos atuais.

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Merkel e o ministro do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, no BundestagFoto: picture-alliance/dpa

O Parlamento alemão lembrou nesta sexta-feira (04/04) as vítimas do genocídio em Ruanda, ocorrido há exatos 20 anos. Os deputados chamaram a atenção para o derramamento de sangue nos dias atuais e lançaram questões sobre a eficácia da comunidade internacional em prevenir massacres. A sessão contou com a presença da chanceler federal Angela Merkel.

O ministro do Exterior alemão, Frank-Walter Steinmeier, ressaltou que "todo o possível" deve ser feito para a prevenção de massacres como o de Ruanda. "Não se fala mais em genocídio, mas ainda ocorrem intermináveis derramamentos de sangue no Congo, na África Central e na Síria", alertou o ministro.

Vários membros do Parlamento levantaram questões sobre a responsabilidade da comunidade internacional de evitar massacres como o de 1994. No entanto, não especificaram de que forma seria possível um maior comprometimento para evitar os genocídios.

Steinmeier lembrou que após o Holocausto os alemães declararam "nunca mais", em repúdio aos assassinatos em massa. "Mas nós [a comunidade internacional] não conseguimos manter a promessa", lamentou. O Ocidente fracassou em Ruanda, apontou o ministro, que lembrou que as forças de paz da ONU chegaram a ser retiradas em meio à violência.

O ministro disse ainda que em sua viagem à África na semana passada ficou claro que os africanos não querem ser vista como "pedintes", ao requererem ajuda internacional. Ele reiterou o desejo dos europeus de que os africanos possam "seguir seu destino como queiram". As nações africanas, afirmou, são vistas cada vez mais como parceiras.

Entre abril e junho de 1994, cerca de 800 mil pessoas foram assassinadas no genocídio de Ruanda. A maioria das vítimas era da etnia tutsi, embora também tenham sido mortos hutus, etnia responsável pelo massacre.