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Otan exige resposta à "provocação" da Coréia do Norte

(sv)6 de julho de 2006

Aliança militar e União Européia lamentam os testes realizados com mísseis pelo governo norte-coreano e exigem retomada do diálogo.

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Seoul: mísseis de um lado e outro expostos no Memorial da GuerraFoto: AP
Após as críticas de Washington e Moscou ao lançamento de pelo menos sete mísseis pela Coréia do Norte, a União Européia e a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) condenaram com veemência a postura do governo norte-coreano.

"Não há dúvidas de que este comportamento põe em risco a segurança da região e não contribui em nada para os esforços em prol de uma redução do volume de armas atômicas", afirmou Emma Udwin, porta-voz da UE para política externa.

"Isolamento político e perdas para a população"

Eu-Sprecherin Emma Udwin Porträt
Emma Udwin, porta-voz da UEFoto: EU

A Otan chamou os testes realizados com mísseis pela Coréia do Norte de "provocação" em um documento divulgado oficialmente e pediu a retomada imediata das chamadas "negociações das seis partes", que envolvem, além da Coréia do Norte, a Coréia do Sul, Japão, China, Rússia e Estados Unidos.

"Essa ação vai isolar ainda mais a Coréia do Norte da comunidade internacional e trazer prejuízos à população do país", afirma o documento.

As preocupações com os mísseis norte-coreanos chegaram também a Moscou. O ministério russo das Relações Exteriores convocou o embaixador da Coréia do Norte para dar explicações sobre o lançamento de mísseis.

Respeito à moratória

Um ano após os primeiros testes realizados com mísseis pelo governo norte-coreano, foi selado um acordo entre o país e os EUA, estabelecendo o fim do lançamento de mísseis. O governo norte-coreano não vê mais na necessidade de respeitar a moratória nos testes, segundo declarações oficiais divulgadas na capital Pyongyang.

Segundo a porta-voz da UE, é absolutamente necessário que a Coréia do Norte volte a respeitar a moratória e encontre uma "solução através do diálogo". O bloco de 25 países não participa diretamente das negociações com o governo norte-coreano, mas apóia abertamente a posição dos EUA, afirmou Udwin.

Bruxelas não vê um perigo imediato nos mísseis que caem 40 segundos após o lançamento, mas acredita que a questão deve ser acompanhada com atenção pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, disse a porta-voz.

Solana e o Irã

Ali Larijani zu Gast bei der EU
Laridjani e Solana, em março últimoFoto: AP

A Coréia do Norte é, ao lado do Irã, motivo de preocupação para a comunidade internacional. As negociações entre Javier Solana, enviado especial da União Européia ao Irã, para debater questões relacionadas ao programa nuclear do país, serão realizadas nesta quinta-feira (06/07).

Os EUA e a UE esperam uma resposta positiva de Teerã antes do próximo encontro do G-8 em 12 de julho próximo. Ainda não se sabe se Ali Laridjani, encarregado do governo iraniano para o assunto, deverá viajar a Bruxelas para apresentar a posição do Irã a respeito.