Os novos membros da Comissão Europeia
Economia enfraquecida e relações tensas com a Rússia. Esses são só dois dos muitos desafios para os novos integrantes da Comissão Europeia. Conheça oito membros-chave da equipe que começa a trabalhar em 1º de novembro.
O presidente
Durante a campanha para a eleição, ele se disse uma “máquina de compromisso”. Fluente em alemão, inglês e francês, Jean-Claude Juncker é conhecido por sua autoconfiança. Em julho de 2014, se tornou o primeiro presidente da Comissão votado pelo Parlamento Europeu. Como chefe do poderoso órgão executivo do bloco, o ex-premiê de Luxemburgo quer focar em empregos e crescimento.
O braço-direito do chefe
Frans Timmermans ganhou respeito como ministro das Relações Exteriores da Holanda ao gerenciar a crise do voo MH17 abatido no leste da Ucrânia. Como vice-presidente, o social-democrata vai supervisionar o princípio da subsidiariedade, garantindo que a UE só intervenha em áreas onde possa atuar de forma mais efetiva do que os governos nacionais.
A recém-chegada
O cartão de visitas de Federica Mogherini terá que ter letras pequenas. A ex-chanceler italiana será a "alta representante da UE para Negócios Estrangeiros e Política de Segurança". A lista de tarefas dela é igualmente grande: ela vai precisar de esforços hercúleos para resolver o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e ajudar a conter a onda de violência no Oriente Médio.
O gestor das dívidas
A nomeação de Pierre Moscovici provocou contestações, especialmente na Alemanha. Quando ministro das Finanças da França, ele falhou no cumprimento da regulamentação de déficit da UE. Como comissário de Assuntos Monetários da UE, Moscovi prometeu que fará com que as regras do bloco sejam seguidas de forma diligente.
Uma das nove mulheres
Nas audiências para a confirmação de seu nome, Margrethe Vestager impressionou os membros do Parlamento com sua atitude descontraída. Mas o trabalho dela é um dos mais sérios em Bruxelas. A ex-ministra da economia da Dinamarca tem grandes casos antitruste à sua espera, incluindo envolvendo empresas como Google e Gazprom. Vestager é uma das nove mulheres na equipe de Juncker.
O lorde
O antigo líder conservador da Câmara dos Lordes é outra figura-chave na equipe. Jonathan Hill será responsável por supervisionar os setores bancário e financeiro na UE. Os críticos dizem que ele, nomeado pelo primeiro-ministro David Cameron, pode funcionar em Londres, mas não em Bruxelas. Para Hill, os interesses do Reino Unido são mais bem servidos ocupando um papel de liderança na UE.
O homem da internet
Andrus Ansip será responsável por todas as questões digitais relativas ao mercado comum da UE. Seu país, a Estônia, onde atuou como primeiro-ministro de 2005 a 2014, é considerado um modelo de desenvolvimento digital. Em audiências no Parlamento Europeu, ele acenou com a possível suspensão de um acordo de dados com os EUA. "Temos de proteger a privacidade de todos", disse.
O alemão
À primeira vista, a nomeação de Ansip parece ofuscar Gunther Oettinger. O alemão era o responsável pelos recursos energéticos na comissão da UE e passará ao comando da "economia digital e da sociedade". Seria um rebaixamento da Alemanha? Oettinger diz "não". A expansão do digital, afirma, é mais importante do que a construção de estradas: "Estamos no meio de uma revolução."