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Os melhores do futebol alemão no segundo semestre de 2001

(mw)22 de janeiro de 2002

Saiba as justificativas da revista Kicker. Por que Lúcio e não Bordon, que teve notas melhores na Bundesliga? Por que Élber e não Amoroso, que lidera a artilharia do Campeonato Alemão?

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Goleiro – KAHN (Bayern de Munique): "Embora o Bayern tenha se enfraquecido na Bundesliga, o domínio de Kahn (32 anos) permanece esmagador entre os goleiros. Ele ainda é o número 1, o único de classe mundial... Na consideração geral sobre os goleiros alemães, o quadro não mudou. Entre as traves, predomina a melhor qualidade."

Zagueiro

– LÚCIO (Bayer Leverkusen): "No fim, suas forças já se esvaíam. Ele disputou 30 jogos no semestre passado, em dois continentes... Transferido do Inter-RS para o Leverkusen no recesso de inverno 2000/2001, ele já havia provado suas qualidades nas primeiras 15 partidas que disputou na Bundesliga. Em seu segundo semestre, fez ainda mais. Com sua capacidade monstruosa de defesa e disputa de bola, habilidade e grande rapidez, sobretudo no ataque, que nem mesmo três ou quatro adversários o conseguem parar, ele tornou-se um dos principais destaques da impressionante equipe do Leverkusen."

  • Segundo o redator Harald Kaiser, da Kicker, Lúcio superou Marcelo Bordon devido a seus desempenhos nas partidas internacionais, chance que Bordon não teve pelo Stuttgart. Porém, pela média das notas distribuídas pela revista a cada rodada do Campeonato Alemão, Bordon foi o melhor jogador da Bundesliga. "Ele deveria ser chamado para a Seleção Brasileira. Duvido muito que o Brasil tenha alguém melhor", observa Kaiser, que como jornalista acompanha o dia-a-dia do Stuttgart.

Alas

: "Pela primeira vez, dividimos nosso ranking de alas em defensivos e ofensivos, pois desta vez foi impossível comparar Lizarazu com Zé Roberto. Ambos são craques."

  • Defensivo
– LIZARAZU (Bayern de Munique). "Constante, o francês disputou 13 jogos da Bundesliga e sete da Liga dos Campeões. Ter tido 12 vezes nota regular da Kicker não parece referência de classe mundial. Mas isto deve-se que Lizarazu tem restringido suas idas ao ataque... Quando ele investe ofensivamente, então são elas. Suas corridas são dinâmicas. Energia pura. Mas, como integrante do quarteto defensivo, sua tarefa prioritária é garantir a retaguarda. Quem consegue isto, sem enfeitar, recebe geralmente uma avaliação apenas regular, como recompensa pela segurança. Mal, Lizarazu nunca joga, ou quase nunca..."
  • Ofensivo – ZÉ ROBERTO (Bayer Leverkusen): "Nós investigamos e peneiramos... Ao fim, sobrou apenas meia dúzia de jogadores para avaliação. Sorry, realmente não houve mais. Dois nos chamaram mesmo a atenção: Zé Roberto e Bernd Schneider. Nenhum outro armou gols com tanta freqüência quanto Zé Roberto (nove), poucos sabem tão bem entusiasmar a torcida com seus lances geniais. E a arte deste brasileiro apaixonado pela bola não tem sido improdutiva, mas beneficiado sempre mais sua equipe. De seu talento virtuoso, que costuma empreender jogadas individuais, cresceu um jogador imprevisível, capaz de deixar toda a defesa adversária balançando, sobretudo quando ele conta, na outra ala do campo, com seu excelente parceiro Bernd Schneider."
  • Meio-campo defensivo

    – BALLACK (Bayer Leverkusen). "A questão é se Ballack deve ser avaliado como defensivo ou ofensivo. Basicamente, ele é orientado defensivamente, mas ele interpreta seu papel de forma bem ofensiva. O jovem de 25 anos está com freqüência lá na frente... Tanto na Bundesliga como na Liga dos Campeões, ele mostrou atuações sensacionais, como volante, e, com três gols, levou quase sozinho a Seleção Alemã para a Copa do Mundo. Suas exibições nos jogos das Eliminatórias contra Inglaterra e Finlândia impediram um saldo final ainda melhor."

    Meio-campo ofensivo

    – LINCOLN (Kaiserslautern): "Ele não entusiasma apenas o Kaiserslautern. De certa forma, deve-se atribuir a ele que o Kaiserslautern equiparou o velho recorde do Bayern de Munique de começar o Campeonato Alemão com sete vitórias seguidas. Sempre à disposição para as jogadas e perigoso para a meta adversária (seis gols e quatro assistências em 15 partidas), o jovem ocupou rapidamente o espaço deixado pela saída de Sforza (N.T.: que um ano antes havia deixado o clube). Também ajudou que ele desde o início mostrou consciência de sua difícil tarefa: 'Apenas com o jeito brasileiro, não se tem chance. É preciso assumir a mentalidade e a tática e aprender o idioma.' Falou e cumpriu, não permitindo que se pensasse mais em Youri Djorkaeff... 'Youri e Lincoln juntos, não dá', concluiu o técnico Andreas Brehme, que fortaleceu o brasileiro, que joga com os dois pés..." Nem mesmo o fato de o brasileiro ter quebrado a perna de um adversário no jogo contra o St. Pauli, prejudicou sua imagem junto à redação da Kicker, que considerou o lance resultado de "excesso de euforia" do armador.

    Atacante

    – ÉLBER (Bayern de Munique): "Marcar gols foi na primeira metade da temporada uma tarefa dos sul-americanos. Sobretudo os brasileiros definiram o ritmo: Amoroso (dez), Élber (oito), Aílton (sete), Róbson Ponte (cinco). Novos na conexão samba são Marcelinho (sete) e Éwerthon (seis). Apesar do grande número de artilheiros, a redação da Kicker chegou rapidamente ao consenso: o número 1 é Giovane Élber... Enquanto o jogador de 29 anos marcou seus gols na Liga dos Campeões (seis vezes) e na Bundesliga, não havia sinal de crise no campeão mundial... Vertiginoso é Éwerthon. Chegou ao Dortmund somente no fim de setembro e mostrou-se incrivelmente eficiente: seis gols em 11 jogos. Se por um lado Éwerthon entusiasma o técnico Matthias Sammer com freqüência, por outro não é raro seu conterrâneo Amoroso o enervá-lo com suas escapadas."