1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

ONU registra quase mil mortos na Ucrânia durante cessar-fogo

20 de novembro de 2014

Trégua é constantemente violada e combates entre forças do governo e militantes pró-Rússia continuam. Além das vítimas fatais, que incluem mulheres e crianças, conflito já deixou mais de 460 mil deslocados internos.

https://p.dw.com/p/1DqmI
Foto: Menahem Kahana/AFP/Getty Images

Quase mil pessoas foram mortas desde a entrada em vigor do cessar-fogo no leste da Ucrânia, há dois meses e meio, divulgou a ONU nesta quinta-feira (20/11). Combates entre forças do governo e rebeldes pró-Rússia continuam e deixaram uma média de 13 vítimas fatais por dia.

"A lista de vítimas continua a crescer. Civis, incluindo mulheres, crianças, minorias e grupos vulneráveis continuam a sofrer as consequências do impasse político na Ucrânia", disse o alto comissário das ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, em comunicado. "O respeito ao cessar-fogo foi, no máximo, esporádico."

Entre 5 de setembro, quando a trégua entrou em vigor, e esta terça-feira, foram registrados 957 mortos, de acordo com o sétimo relatório sobre a situação dos direitos humanos na Ucrânia. A ONU alerta que se tratam de estimativas e que o número real de vítimas pode ser muito maior.

Contando as 298 pessoas que morreram no voo MH17 da Malaysia Airlines, derrubado no leste da Ucrânia em julho, o número total de mortes desde o início dos conflitos, em meados de abril, é de 4.317, segundo a ONU. Outras 9.921 pessoas ficaram feridas na região.

O relatório da ONU descreve a situação no leste da Ucrânia como "um colapso total da lei e da ordem" e detalha ocorrência de diversas violações dos direitos humanos por parte de ambos os lados do conflito.

O documento também destaca o enorme volume de pessoas deslocadas dentro do país por conta dos combates, passando de 275.489 em meados de setembro para 466.829 nesta terça-feira.

A Rússia nega acusações do Ocidente de que estaria apoiando os separatistas no leste ucraniano com tropas e equipamento militar.

LPF/lusa/dpa/afp