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ONU enaltece esforço humanitário da Alemanha

20 de junho de 2017

No Dia Mundial do Refugiado, Nações Unidas afirmam que país está na "vanguarda humanitária" pelo seu papel na crise migratória. Berlim, porém, alerta que não pode enfrentar esse desafio sozinho.

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Família de refugiados aguarda na fronteira da Hungria para ir à Alemanha, em setembro de 2015Foto: picture-alliance/dpa/H. Oczeret

O Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) enalteceu a Alemanha por estar na "vanguarda humanitária" pela forma como o país lida com a crise migratória mundial. Os comentários feitos pelo vice-alto comissário do Acnur, Volker Türk, vieram por ocasião do Dia Mundial do Refugiado.

Em entrevista à emissora de televisão ZDF, Türk afirmou que a Alemanha teve papel central ao ajudar a lidar com o fluxo migratório e disse esperar que o país lidere as iniciativas referentes ao acolhimento de refugiados durante a cúpula dos países do G20 em Hamburgo, no próximo mês.

Desde o auge da crise migratória, em 2015, a Alemanha acolheu mais de 1 milhão de pessoas que fugiam de conflitos no Oriente Médio e na África. No ano passado, o fluxo migratório para o país diminui significativamente após o fechamento da chamada rota dos Bálcãs e do acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia.

Recentemente, os recursos do país foram voltados para o fornecimento de ajuda humanitária a regiões em crise. Apenas em 2016, Berlim disponibilizou cerca de 1,3 bilhão de euros, colocando a Alemanha entre os doadores mais generosos em todo o mundo. Desse total, em torno de 307 milhões de euros foram destinados ao Acnur.

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Segundo o ministro alemão do Exterior, Sigmar Gabriel, o orçamento federal para fins humanitários aumentou mais de dez vezes nos últimos cinco anos. Ele exaltou o Acnur como "o maior parceiro humanitário" da Alemanha, ao mesmo tempo em que pediu à comunidade internacional para que faça mais para lidar com a questão dos refugiados.

"A Alemanha não pode lidar isoladamente com esses desafios", afirmou. "Precisamos de esforços conjuntos internacionais e uma melhor distribuição de responsabilidades, para que possamos trazer alívio ao sofrimento dos refugiados em todo o mundo e evitar que as crises migratórias de longo prazo possam ocorrer."

Segundo o Acnur, em todo o mundo, o número de pessoas forçadas a abandonar suas casas devido a guerras, violência ou perseguições chegou a 65,6 milhões em 2016, incluindo deslocados internos e refugiados. Esse total equivale à população de um país como o Reino Unido e é um pouco superior ao do ano anterior, de 65,3 milhões.

Apenas no ano passado, mais de 10 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar de seus locais de origem. Entre estes, mais de 3,5 milhões tiveram que deixar seus países. A Síria e o Afeganistão ainda são os locais de origem da maioria dos refugiados, com 5,5 milhões e 2,5 milhões, respectivamente.

O Sudão do Sul se tornou no ano passado o país com o maior aumento no deslocamento de pessoas. O número de cidadãos que fugiram através da fronteira passou de 800 mil para 1,4 milhão por ano.

RC/dpa/kna