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ONU e ONGs apelam por fim de "carnificina" na Síria

21 de janeiro de 2016

Nações Unidas e mais de 120 organizações humanitárias exigem ação imediata para acabar com a guerra civil. "Conflito atinge também aqueles que estão longe da Síria", afirmam, em abaixo-assinado.

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Foto: Reuters/A. Al-Faqir

As agências da ONU e mais de 120 organizações humanitárias lançaram nesta quinta-feira (21/01) um abaixo-assinado pedindo o fim do conflito na Síria, que se aproxima de seu sexto ano, e apelando a cidadãos de todo o mundo para que participem dessa iniciativa.

"Em nome da humanidade a que todos pertencemos, pelo bem dos três milhões de inocentes que já tanto sofreram e em nome dos milhões de pessoas cujas vidas e futuros estão ameaçados, apelamos a uma ação imediata", afirmam.

Além do apelo pelo fim da guerra, o documento exige que uma série de medidas seja colocada em prática imediatamente para aumentar o acesso à ajuda humanitária dentro do país.

Essas ações incluem cessar-fogo humanitário monitorado, para que seja possível levar alimentos e medicamentos para a população em regiões de conflito, fim dos ataques a infraestruturas civis, como escola, hospitais e redes de abastecimento de água, e liberdade de movimento para todos os civis, além da extinção dos cercos feitos por todos os envolvidos na guerra.

A ONU lembra que há três anos seus líderes já fizeram um apelo semelhante direcionado àqueles que de alguma maneira poderiam por fim a essa guerra.

"Hoje, apelamos não somente para governo, mas para cada cidadão ao redor do mundo para adicionar sua voz ao pedido do fim da carnificina, para exigir que todos os envolvidos cheguem a um acordo para o cessar-fogo e para a paz", diz o documento, convidando as pessoas a assiná-lo simbolicamente ao repassá-lo em redes sociais.

A organização ressalta que o conflito afeta a vida de todos, não somente os sírios. Atualmente, cerca 13,5 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária no país. A guerra obrigou ainda 4,6 milhões de sírios a fugir para países vizinhos. Desde o início do conflito, em 2011, mais de 260 mil pessoas foram mortas no país.

"Isso afeta uma geração de crianças e jovens que, privadas de educação e traumatizadas pelos horrores que vivem, veem cada vez mais seu futuro formado pela violência. Isso afeta também aqueles que longe da Síria que veem repercussões violentas da crise alcançar as ruas, escritórios e restaurantes perto de suas casas. E afeta todos aqueles ao redor do mundo, cujo bem-estar econômico é atingido, visível e invisivelmente, pelo conflito", reforça o apelo.

O documento foi publicado no site do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e assinado por representantes de diversas organizações, incluindo a Cruz Vermelha e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A próxima rodada de negociações visando uma solução diplomática para o conflito sírio foi agendada para o dia 25 de janeiro, mas o encarregado das Nações Unidas para a paz na Síria, Staffan de Mistura, afirmou que o encontro pode ser adiado, devido às recentes tensões entre Irã e Arábia Saudita.

CN/afp/lusa/ots