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ONU aprova resolução para barrar financiamento de jihadistas

12 de fevereiro de 2015

Documento prevê sanções a quem comprar petróleo do "Estado Islâmico" ou da Al Qaeda e insta países a bloquear o comércio de bens culturais, além de impedir que terroristas se beneficiem do dinheiro de resgates.

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Foto: ktsdesign/Fotolia.com

O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade nesta quinta-feira (12/02) uma resolução que visa bloquear o financiamento de grupos extremistas, como o "Estado Islâmico" (EI). O contrabando de petróleo, o tráfico de antiguidades e o pagamento de resgates pela libertação de reféns rendem milhões a esses grupos.

A resolução aprovada prevê sanções a indivíduos ou empresas que comprarem petróleo do EI, da Al Qaeda ou de outros grupos jihadistas, além de obrigar os países a intensificar seus esforços para desestabilizar o transporte de petróleo contrabandeado. Apreensões de carregamentos proibidos devem ser relatadas ao comitê de sanções da ONU.

Além disso, a resolução estipula que os 193 países da ONU tomem "medidas apropriadas" para impedir o comércio de bens culturais provenientes do Iraque e da Síria. O texto também lembra os governos que eles precisam "evitar que os terroristas se beneficiem diretamente ou indiretamente do pagamento de resgates ou de concessões políticas".

Essa disposição foi direcionada, especialmente, aos países europeus, suspeitos de pagar resgates pela libertação de cidadãos em cativeiro. Os governos têm agora até 120 dias para apresentar um relatório sobre as medidas que estão tomando para reprimir o contrabando de petróleo e outras fontes de financiamento de jihadistas.

Apresentada pela Rússia, a resolução foi apoiada por mais de 35 países, entre eles Estados Unidos, França, Iraque, Síria e Jordânia. O texto inicialmente redigido por Moscou concentrava seus esforços no contrabando de petróleo, mas as negociações posteriores expandiram a medida para outras fontes de renda dos jihadistas.

De acordo com a ONU, estima-se que a Al Qaeda obtenha entre 850 mil e 1,6 milhão de dólares por dia com a venda ilegal de petróleo. Já o "Estado Islâmico" recebe de 96 mil até 123 mil dólares diariamente, originários do pagamento de resgates por reféns.

CN/apf/ap/rtr/lusa