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ONGs se juntam para combater corrupção na Alemanha

(ef)22 de março de 2002

Quatro ONGs fazem apelo conjunto em Berlim para governo e Parlamento secarem o pântano da corrupção no país, em reação ao escândalo de doações ilegais ao Partido Social Democrático, governista.

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A Associação dos Contribuintes da Alemanha formou uma aliança com outras três ONGs, entre elas a seção alemã da Transparência Internacional, para atuar contra práticas duvidosas e criminosas nos partidos políticos e na administração pública. Elas fizeram um apelo conjunto ao governo e ao Parlamento em Berlim, nesta sexta-feira (22), para que sequem o pântano de corrupção com novas leis.

Considerando que só 5% dos casos de corrupção são esclarecidos na Alemanha, as ONGs exigiram a divulgação dos nomes dos doadores e receptores de propinas ou doações aos partidos políticos e punição rigorosa dos culpados.

Para garantir maior transparência nas práticas financeiras dos partidos e administração pública, as ONGs exigiram uma lei para maior cooperação entre autoridades judiciárias e imprensa, que permita o acesso de jornalistas a auditorias públicas. Se as autoridades forem obrigadas a abrir atas importantes, isto terá um efeito preventivo muito grande, pois não há nada mais temido por funcionários corruptos do que a imprensa, justificaram as ONGs.

Em seu apelo, as organizações argumentaram que os escândalos surtem efeito negativo muito grande sobre o moral dos contribuintes, porque os sentem no próprio bolso com aumento de taxas públicas. Como medida anticorrupção, as ONGs sugeriram também a divulgação na internet dos nomes dos doadores e dos receptores de doações acima de 500 euros para um deputado e de mais de 5 mil euros a um partido político.

Com a exigência de maior transparência nas finanças dos partidos políticos e na administração pública, as ONGs reagiram ao atual escândalo de doações ilegais no Partido Social Democrático (SPD), em Colônia. O presidente nacional do partido é o chanceler federal, Gerhard Schröder.

A cúpula social-democrata tomou providências jurídicas que forçaram a figura-chave do escândalo a revelar os nomes dos que fizeram as doações anônimas ao SPD local. O ministro da Economia, Werner Müller (sem partido), anunciou a criação de um registro de firmas corruptas para que sejam proibidas de receber encomendas do governo.