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ONG alemã exige mais recursos para projetos de longo prazo

(lk)28 de maio de 2002

A Ação Agrária Alemã, criada há 40 anos, critica o desequilíbrio entre recursos destinados à ajuda emergencial e aos projetos de longo prazo.

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Logotipo da Ação Agrária Alemã

Existe um desequilíbrio muito grande no volume dos recursos disponibilizados para a ajuda emergencial e dos destinados a projetos de longo prazo, criticou Ingeborg Schäuble, ao apresentar nesta terça-feira (28), em Berlim, o Relatório Anual 2001 da Ação Agrária Alemã, entidade privada de ajuda para o desenvolvimento que ela preside desde 1996.

Sobretudo os cofres públicos estariam muito pouco dispostos a subsidiar projetos de longa duração. Dos 19,5 milhões de euros que o Ministério da Cooperação Econômica coloca à disposição da ONG, por exemplo, somente 1,1 milhão de euros destinam-se a projetos deste tipo.

Afeganistão continua sendo alvo mais importante

O principal foco do trabalho da Ação Agrária Alemã, no corrente ano, continuará sendo o Afeganistão, onde a ONG desenvolve projetos num volume de 9 milhões de euros, principalmente nos setores do fornecimento de alimentação e água potável, distribuição de sementes, implementação de sistemas de irrigação e ajuda às mulheres.

A ONG concentra-se em projetos de desenvolvimento das zonas rurais, acentuou Schäuble, lamentando ao mesmo tempo que a maior parte da ajuda prestada ao Afeganistão se concentre nas cidades, sobretudo em Cabul. "Cerca de 70% dos afegãos vivem no campo, mas suas necessidades mal são levadas em consideração pelas instituições públicas que financiam projetos."

ONG completa 40 anos

A Ação Agrária Alemã foi criada em 1962 pelo então presidente da Alemanha, Heinrich Lübke, como Comitê Nacional de uma campanha mundial contra a fome da FAO, a Organização de Alimentação e Agricultura das Nações Unidas. Atualmente, é uma das maiores ONGs alemãs de ajuda para o desenvolvimento. Em seus 40 anos, desenvolveu 4600 projetos em mais de 70 países, num volume superior a um bilhão de euros.

A entidade recebe subsídios do governo alemão, da União Européia e da ONU para a realização de trabalhos na África, Ásia e América Latina. As doações de particulares constituem a menor parte de sua receita. No ano passado, elas atingiram 32,6 milhões de euros, uma das somas mais altas da história da ONG. Doações e subsídios públicos possibilitaram, em 2001, o início de 159 novos projetos em 41 países. Na América do Sul, a ONG concentra sua atuação no Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador.