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Atentado no Iraque

19 de setembro de 2010

Atentados simultâneos na pior onda de violência desde a saída das tropas de combate norte-americanas do Iraque deixam dezenas de mortos em Bagdá. Observadores atribuem escalada da violência ao vácuo de poder no país.

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Atentado em Kazimiyah causou várias mortesFoto: AP

A explosão de dois carros-bomba neste domingo (19/09) provocou a morte de pelo menos 29 pessoas nos bairros de Kazimiyah e Mansur, em Bagdá. Em Mansur, no oeste da cidade, a explosão matou pelo menos dez pessoas.

Os explosivos detonaram próximo a uma filial da empresa de telefonia móvel AsiaCell. Segundo o general-de-brigada iraquiano Ali Fatha, tratou-se possivelmente de um atentado suicida. O atentado mais violento, em Kazimiyah, ocorreu poucos minutos depois e deixou 19 mortos.

Os ataques põem fim a uma fase de relativa calma na capital iraquiana, após o fim do Ramadã, há duas semanas. Trata-se dos atentados mais violentos desde a saída das tropas de combate norte-americanas do país, no final de agosto.

Em um ataque ao escritório de recrutamento do Exército iraquiano, em 17 de agosto em Bagdá, 59 pessoas foram mortas. Na ocasião, o braço iraquiano da organização terrorista Al Qaeda assumiu a autoria do atentado.

Vácuo de poder

Segundo a maioria dos observadores iraquianos, a recente escalada de violência é resultado da estagnação política em que se encontra o Iraque. Passados sete meses das eleições parlamentares, o país árabe ainda está sem governo.

Os partidos que obtiveram o maior número de assentos na eleição não conseguem entrar em consenso quanto a um governo de coalizão. Neste domingo, representantes partidários encontraram-se novamente em busca de um acordo.

O Bloco Iraquiano, o mais votado nas eleições, declarou neste fim de semana que teria feito o seguinte acordo com os partidos religiosos xiitas e os curdos: o presidente do Bloco Iraquiano, Iyad Allawi, ex-chefe de governo do Iraque, assumiria a presidência do país. Por sugestão dos xiitas, o atual vice-presidente, Adel Abdul Mahdi, se tornaria primeiro-ministro e aos curdos caberia a indicação do presidente do Parlamento em Bagdá.

Os demais partidos ainda não ratificaram tal acordo. O atual primeiro-ministro xiita, Nuri Al-Maliki, disse que não pretende deixar o cargo.

CA/dpa/afp

Revisão: Roselaine Wandscheer