1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Obama se desculpa por morte acidental de reféns da Al Qaeda

23 de abril de 2015

Presidente admite que um americano e um italiano capturados por terroristas foram atingidos em operação dos EUA no Paquistão e assume responsabilidade pelo ocorrido.

https://p.dw.com/p/1FDk9
Foto: AFP/Getty Images/Mandel Ngan

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quinta-feira (23/04) em Washington perdão às famílias de dois reféns da Al Qaeda mortos em janeiro, durante uma operação antiterrorista no Paquistão.

Obama revelou que um americano e um italiano presos pela Al Qaeda foram mortos em janeiro em uma operação secreta antiterrorista na fronteira entre Afeganistão e Paquistão, assumindo "total responsabilidade" pela tragédia.

Ao tornar público um incidente que era sigiloso, Obama comunicou suas "mais profundas desculpas" às famílias dos dois reféns, o americano Warren Weinstein e o italiano Giovanni Lo Porto, ambos funcionários de organizações de assistência humanitária.

"Com base nos dados e informações que obtivemos, acreditamos que uma operação de contraterrorismo dos EUA, visando um complexo da Al Qaeda na região da fronteira entre Afeganistão e Paquistão, matou acidentalmente Warren e Giovanni em janeiro passado", disse Obama em uma declaração curta.

"Como presidente e como comandante em chefe, eu assumo total responsabilidade por todas as nossas operações de combate ao terrorismo, incluindo aquela que, acidentalmente, tirou a vida de Warren e Giovanni", disse.

Capturado quatro dias antes de retorno

Weinstein foi capturado no Paquistão em agosto de 2011, apenas quatro dias antes de seu retorno aos EUA, após sete anos trabalhando no Paquistão. Mais tarde, ele apareceu em um vídeo em que, sob aparente coação, pedia que os Estados Unidos libertassem prisioneiros da Al Qaeda.

O trabalhador de assistência humanitária italiano Giovanni Lo Porto, de 39 anos, desapareceu em janeiro de 2012 no Paquistão.

O comunicado da Casa Branca não identificou qual agência americana realizou a operação, o que sugere que ela foi realizada por um serviço de inteligência, em vez de uma unidade militar.

MD/afp/ap/dpa/rtr