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Obama: "Legado da escravidão é parte do nosso DNA"

22 de junho de 2015

Presidente dos EUA reconhece que atitudes melhoraram nos últimos anos, mas que o racismo ainda não foi superado no país. "Sociedades não apagam de um dia para o outro o que aconteceu nos últimos 200 ou 300 anos."

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Foto: Reuters/J. Ernst

O presidente americano, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (22/06), que os Estados Unidos ainda não superaram seu passado racista. Em entrevista, o líder entrou no debate sobre racismo, que foi reaceso após um jovem branco atacar uma igreja da comunidade negra em Charleston, na Carolina do Sul, deixando nove mortos.

"Racismo, não estamos curados", disse Obama. "Sociedades não apagam de um dia para o outro o que aconteceu nos últimos 200 ou 300 anos."

O presidente disse que atitudes envolvendo raça melhoraram significativamente desde que ele nasceu, filho de pai negro e mãe branca. No entanto, o legado da escravidão "projeta uma grande sombra e ainda é parte do nosso DNA, que é passada adiante".

A chacina na igreja em Charleston na semana passada é o mais recente episódio em uma onda de crimes contra a comunidade negra nos Estados Unidos, que vem provocando um debate nacional sobre a questão racial no país e sobre o sistema criminal. O suposto atirador, Dylan Roof, de 21 anos, está detido e responderá na Justiça por assassinato.

O interesse de Roof por uma supremacia branca está registrado em sua página no Facebook, onde ele exibe fotos posando com uma bandeira dos Estados Confederados da América (unidade política formada por estados do sul dos EUA, notoriamente agrários e escravistas, em 1861).

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, Obama acredita que a bandeira dos Estados Confederados não deveria mais ser hasteada em Charleston ou em nenhum outro lugar, mas sim "ser colocada num museu, aonde ela pertence".

Cinco dias após o recente ataque, líderes políticos, ativistas e religiosos da área de Charleston pediram nesta segunda-feira que legisladores votem pela retirada da bandeira da sede do governo da Carolina do Sul.

LPF/ap/afp