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Profissional de TI

15 de agosto de 2010

Já na adolescência o profissional de TI Jan-Arendt Klingel tinha paixão por computadores. Hoje ele trabalha na BMW e é responsável pela segurança de informações confidenciais da empresa.

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Jan é responsável pela segurança de dados

O despertador toca às 6h. O profissional de TI Jan-Arendt Klingel, de 40 anos, não gosta de acordar tão cedo, mas só assim ele consegue evitar o trânsito a caminho de Munique. Todos os dias, Jan prepara o café da manhã dos dois filhos, Jannik, de 12 anos, e Marvin, de 9 anos. "Somos muito práticos. Nosso café da manhã se resume a sucrilhos", conta.

Desde 2007, Jan trabalha com mais quatro colegas no setor de gerenciamento de riscos da montadora BMW, que tem sede em Munique. Eles são os responsáveis pelas regras de segurança de todo o grupo, e os funcionários da BMW no mundo todo devem se ater a elas, principalmente ao lidar com informações altamente confidenciais.

Em cooperação com a área jurídica da empresa, a equipe também fornece o suporte técnico a investigações internas e externas.

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Jan está na BMW desde 2007Foto: DW

"A criminalidade cresce. É possível fazer muito dinheiro com o comércio de dados pessoais ou de dados do setor de pesquisa e desenvolvimento de empresas. Com isso, cresce também a nossa responsabilidade de proteger essas informações de forma adequada", diz Jan.

Contato com os colegas

Rotina é uma palavra que não existe no vocabulário de Jan. No setor de gerenciamento de riscos aprende-se todo dia algo novo, diz. "Não há um caminho predefinido. Há mudanças permanentes e temos de nos manter sempre atualizados. Todos os dias há novos desafios, novos impulsos que precisamos enfrentar."

Ele divide um espaço amplo e bem iluminado com seus colegas. Na maior parte do tempo predominam o silêncio e a concentração – desde que não haja reuniões, ligações telefônicas ou videoconferências. Para se manter informado sobre o que acontece na BMW, Jan está sempre em contato com colegas de outros setores para identificar falhas de segurança ou de proteção de dados.

Começo nos EUA

Ainda na adolescência ficou claro para Jan que a sua futura profissão teria algo a ver com computadores. A chance veio logo após ele concluir os estudos de Informática Aplicada e Matemática na cidade de Fulda.

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Ele também morou na Carolina do Sul, nos Estados UnidosFoto: DW

Uma empresa na qual ele havia feito um estágio ofereceu a ele um emprego como gerente de TI em Detroit, nos Estados Unidos. Foi uma mudança radical para Jan e à esposa Susanne – até porque o primeiro filho do casal havia acabado de nascer.

"Empacotamos todas as nossas coisas em dez caixas e fomos com a criança para os Estados Unidos. O começo foi difícil, tivemos de fazer muita coisa por conta própria, da carteira de previdência social à carteira de motorista. E isso tudo em inglês, que não sabíamos falar tão bem."

Foi uma época exaustiva para a jovem família e também um grande desafio profissional. "Aprendemos muito. Comecei como gerente de TI e tive de me ocupar com as mais variadas coisas, dos menores aos maiores problemas", relembra Jan.

De volta à Alemanha

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Sede da BMW em MuniqueFoto: DW

Depois de três anos e meio em Detroit, Jan se candidatou a uma vaga na BMW na Alemanha. Ele fez uma videoentrevista em Nova York e foi contratado. "Foi-me oferecida uma vaga que consistia em conectar as diversas redes de computadores espalhadas por unidades da BMW em todo o mundo."

Já na BMW, ele acabou retornando mais duas vezes aos Estados Unidos. Na última, passou mais três anos: desta vez na Carolina do Sul.

Hoje a família de Jan mora em Inning, um idílico local de veraneio na Baviera, localizado entre os lagos Worthersee e Ammersee. Em dias de tempo bom é possível ver os Alpes ao fundo. Esse idílio tem um preço: ida e volta, são 86 quilômetros por dia até o trabalho.

Os períodos no exterior deixaram marcas em Jan. Ele gosta de relembrar os tempos que passou nos Estados Unidos. Valores como tolerância e ter a mente aberta ele aprendeu por lá e gostaria de passar para seus filhos. E também por isso Jan gostaria de voltar a morar no exterior, mas desta vez na América do Sul – e de preferência no Brasil.

Autora: Eva Usi (as)
Revisão: Bettina Riffel