O mito do vampiro
Ele é uma das personagens mais adoradas da cultura pop: o vampiro. A exposição "Príncipe das Trevas", no Museu do Cinema de Düsseldorf, aberta até 13 de outubro, é dedicada à história e ao culto dos chupadores de sangue.
Fascínio constante
Ele é uma das personagens mais adoradas da cultura pop: o vampiro. E principalmente o cinema foi responsável por colocá-lo no centro das atenções. No ano passado, Johnny Depp assustou os espectadores como o sugador de sangue no filme "Sombras da Noite", do diretor Tim Burton. Mas as origens do vampiro estão na literatura e na história.
Terror dos Bálcãs
As raízes históricas do vampiro ficam na atual Romênia. Consta que foi ali que o príncipe Tepes fazia suas rondas em meados do século 15, em busca do sangue de suas vítimas. Hoje é difícil saber o que é verdade histórica e o que é lenda. Fato é que a história do Conde Drácula inspirou artistas de todo o mundo durante séculos.
Bram Stoker
Em 1897 chegou a hora de Bram Stoker. O escritor irlandês publicou, depois de sete anos de trabalho, seu romance "Drácula". Stoker marcou a imagem do vampiro como nenhum outro autor. Até hoje, roteiristas e diretores famosos de todo o mundo se inspiram no livro. Mas Stoker não pôde usufruir do sucesso de sua obra. Ele morreu em 1912. Os lucros ficaram para outros.
Vampiros nas artes plásticas
Quatro anos antes da publicação do romance "Drácula", de Bram Stoker, o pintor norueguês Edvard Munch finalizou sua obra intitulada de início "Amor e Dor". Só quando amigos do pintor viram a imagem, na qual uma mulher aparentemente morde a nuca de um homem, é que o quadro ganhou o nome pelo qual é até hoje conhecido: "O Vampiro". Munch pintou várias versões de seu vampiro.
Vampiros em Düsseldorf
O mito do vampiro é analisado numa exposição carinhosamente planejada pelo Museu do Cinema de Düsseldorf. Diversos exemplares da mostra "Príncipe das Trevas" podem ser vistos pela primeira vez no país. A exposição tem apoio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que concede o Oscar. E entre as peças expostas está o lendário vampiro do filme mudo "Nosferatu", dirigido por F. W. Murnau.
Várias estrelas do cinema
Como o alemão Max Schreck, vários outros atores se tornaram conhecidos por seus papéis de vampiro. São lendárias as histórias contadas sobre o húngaro Bela Lugosi, que atuou como Drácula nos anos 1930. Depois que os filmes de vampiro saíram por algum tempo de moda, Lugosi se tornou alcoólatra e dependente de drogas. Antes de morrer, consta que ele passou a ver a si próprio como um vampiro.
Klaus Kinski
Depois de Max Schreck, um segundo ator alemão conseguiu chegar ao Olimpo dos representantes de Drácula: o excêntrico Klaus Kinski encarnou em 1979 um personagem ávido por sangue no longa "Nosferatu, o fantasma da noite", dirigido por Werner Herzog. A vítima nesse caso foi a estrela francesa Isabelle Adjani.
Variações diversas
No decorrer da história do cinema, não apenas atores brancos desempenharam papéis de vampiros. Surgiram também mulheres, negros e homossexuais vampirescos. O mito do vampiro foi também usado por grandes empresas para seus propósitos. A montadora de automóveis Audi encenou no ano passado um show de vampiras femininas na final do campeonato de futebol americano em Indianápolis.
Vampiros célebres
Os grandes filmes de Drácula dos últimos anos produzidos por Hollywood foram de fato espetaculares. No rastro de seu conterrâneo Bram Stoker, entrou em cena o diretor irlandês Neil Jordan. Em seu filme "Entrevista com o Vampiro", ele colocou frente a frente dois grandes astros do cinema: Brad Pitt e Tom Cruise. Apesar disso, o esperado sucesso comercial do filme deixou a desejar.
A saga "Crepúsculo"
Nos últimos anos, o maior destaque foi o dos jovens atores da série "Crepúsculo". A escritora Stephenie Meyer forneceu a base literária para a série. Com sucesso. Os filmes com Robert Pattinson (e), Kristen Stewart (c) e Taylor Lautner alcançaram recordes de audiência em todo o mundo. Todas as estreias do filme foram espetacularmente encenadas.
Brinquedos de vampiro
Os produtos vampirescos, que se transformaram nos livros e filmes mais vendidos do mercado, chegaram também ao mundo das crianças. Os artigos em torno do mito vampiro – como jogos de tabuleiro e cartas, figurinos ou dentaduras de plástico – são parte integrante do atual repertório infantil de brinquedos. A mostra "Príncipe das Trevas", no Museu do Cinema, também trata desse aspecto.
Encenação cheia de efeitos
A exposição "Príncipe das Trevas" fica aberta até meados de outubro. Os visitantes têm acesso a peças de dentro e fora da Alemanha, como manuscritos originais de filmes, roteiros, fotografias e sequências de filmes. Uma reconstrução do escritório de Bram Stoker também faz parte da mostra. As salas da exposição são decoradas em vermelho escuro: cor de sangue, o elixir da vida dos vampiros.