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O Brasil na imprensa alemã (14/03)

14 de março de 2018

A janela para a troca de partidos no Congresso e o retorno do Fórum Social Mundial ao Brasil estão entre os temas abordados pela imprensa alemã na última semana.

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Brasilien Nationalkongress in Brasilia
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower

Süddeutsche Zeitung – Bazar no Parlamento, 13/03/2018

Um procedimento bizarro está em curso no Parlamento brasileiro. Assim como na janela de transferências do futebol, os políticos poderão nas próximas semanas trocar de partido como quiserem. Alguns já estão no nono.

O deputado Jair Bolsonaro, de 62 anos, deixou o partido social-cristão PSC. No início, ele queria se unir ao nacional-ambientalista PEN, mas depois acabou se decidindo pelo social-liberal PSL. Ele é, aliás, um homem que já alterou várias vezes suas decisões.

A sua carreira política pode ser resumida como segue: PDC, PP, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC e agora o PSL. Nenhum brasileiro, possivelmente nem o próprio Bolsonaro, pode dizer de cor o que significam todas essas siglas. Certo é que não são partidos segundo o conceito tradicional de programa de base.

O político de extrema direita justificou sua nona troca de partido afirmando que os liberais lhe deram toda liberdade para a sua candidatura na eleição presidencial de outubro. É possível também que uma multa rescisória nada insignificante tenha sido paga.

Die Tageszeitung – De volta às origens, 13/03/2018

O Fórum Social Mundial volta às sua origens: com centenas de eventos e milhares de participantes de todas as partes do mundo começa nesta terça-feira, em Salvador da Bahia, o 14º Fórum Social Mundial.

Decisivo para a escolha do local foi sobretudo que a região seja um dos últimos bastiões do antigo partido governista PT, caído em desgraça.

Desde o fracasso dos governos do PT e da destituição da presidente petista Dilma Rousseff, percebida por muitos como golpe, a esquerda brasileira está desorientada e isolada.

Não surpreende, portanto, que Lula e alguns companheiros famosos queiram usar o Fórum Social Mundial para unir em torno de si a dividida esquerda brasileira e sul-americana.

Só que os participantes do Fórum Social Mundial, que tradicionalmente tem uma grande proximidade com o PT, há tempos já não estão mais tão eufóricos em relação ao partido.

AS/ots