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Novos incêndios em abrigos de refugiados na Alemanha

4 de outubro de 2015

No estado alemão da Turíngia, dois centros de acolhimento de migrantes pegaram fogo neste fim de semana. Segundo a polícia, pelo menos um deles pode ter sido alvo de ataque criminoso.

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Incêndio em Friemar foi "covarde e assassino" diz governador da TuríngiaFoto: picture-alliance/dpa/M. Reichel

Neste fim de semana, dois abrigos de refugiados voltaram a ser atingidos por incêndios na Alemanha. O primeiro deles aconteceu no sábado na cidade de Bischhagen, próxima a Heiligenstadt, no estado alemão da Turíngia.

O edifício se encontrava vazio, mas era destinado a servir de acomodação para solicitantes de asilo. A polícia não descarta uma falha técnica, mas também está investigando um possível incêndio criminoso.

Na manhã deste domingo (04/10), um segundo incêndio foi apagado em Friemar, perto da cidade de Gotha, também na Turíngia. O fogo começou em banheiros químicos adjacentes ao edifício, antes de se espalhar para o ginásio desportivo onde estavam abrigados dez requerentes de asilo. Eles escaparam ilesos e foram transferidos para outra instalação de acolhimento.

Consternado e chocado

O governador da Turíngia, Bodo Ramelow, afirmou estar consternado e chocado. No Twitter, ele classificou o incêndio em Friemar como um "ataque assassino covarde e um atentado terrorista contra nossa sociedade".

Ele acrescentou que a violência e a incitação xenófoba não serão toleradas na Turíngia. A polícia suspeita que o incêndio próximo a Gotha pode ter sido criminoso, mas não descartou a possibilidade de o fogo ter sido ocasionado por um cigarro aceso.

Nos últimos meses, a Alemanha tem vivenciado um série de protestos violentos e ataques contra centros de migrantes, principalmente nos estados da Saxônia, Saxônia-Anhalt, Hessen e Baixa Saxônia.

Muitas comunidades alemãs alertam que chegaram aos limites de suas possibilidades para proporcionar abrigo aos migrantes. O governo alemão espera um total de 800 mil pedidos de asilo no país em 2015, correspondente a mais do dobro da quantia registrada do ano anterior. No entanto, algumas autoridades não excluem a possibilidade de esse número chegar a um milhão de pessoas.

CA/epd/dpa/dw