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Novidade para a terceira idade

Marcus Schwandner (ca)12 de setembro de 2005

Cientistas da Universidade de Munique estão pesquisando novas formas de facilitar a vida de uma população, cuja longevidade aumenta cada vez mais.

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Idosos à frente do computadorFoto: dpa zb

“Uma das críticas mais freqüentes à tecnologia moderna é que ela seria feita por engenheiros jovens, inteligentes, destros e do sexo masculino, que desenvolvem aquilo que eles podem e não necessariamente aquilo que as pessoas precisam”, comenta Ernst Pöppel, do Instituto de Pesquisas de Gerações da Universidade de Munique em Bad Tölz.

Carros e celulares para idosos

“Nós tentamos dar uma indicação de que é possível desenvolver tecnologias de caráter intuitivo e que não demandem grande esforço físico”, diz o especialista. Ele e seus colegas estão desenvolvendo, entre outras coisas, tecnologias que facilitem a condução de um automóvel ou o uso de um telefone celular, sem que antes seja necessária a leitura de um extenso manual de instrução.

Os pesquisadores já desenvolveram um tocador de CD simples a ser usado por pessoas com deficiência mental, que geralmente gostam de escutar sua música predileta, porém têm dificuldade de lidar com equipamentos modernos.

A solução encontrada foi um cubo de 15 cm de altura com uma cor diferente em cada lado. Depois de programado, o cubo tocaria uma nova música conforme o lado em que estivesse repousando. O usuário precisaria somente “jogar o dado” para escutar uma outra música. Isto é um exemplo de tecnologia intuitiva de fácil manuseio: sem botões, sem interruptores e sem manuais explicativos.

Mudanças ocasionadas pelo envelhecimento

Gerda Lott Senioren Universität in Leipzig
Idosos na universidadeFoto: dpa Zentralbild

Um dos projetos do Instituto de Bad Tölz é uma pesquisa sobre os efeitos da idade sobre a capacidade auditiva. Cem pessoas de todas as idades foram testadas em um estudo feito para determinar se os mais velhos teriam uma maior dificuldade de reconhecimento de tons graves e agudos e de seqüencias de tons.

O psicólogo Jan Churan realizou uma pesquisa semelhante, só que com sinais óticos. Churan descobriu que a capacidade de distinção de estímulos acústicos continua constante com a idade, o que não é o caso do reconhecimento de estímulos visuais. O psicólogo constatou uma leve perda da capacidade de reconhecimento visual entre os indivíduos com mais de 60 anos, sem, porém, "constatar qualquer esgotamento sério devido ao envelhecimento”.

Atualização de conhecimento

Os cientistas em Bad Tölz têm também pesquisado novas possibilidades de transmissão de conhecimento à terceira idade. O projeto inclui ainda ofertas de cursos para aqueles acima de 60, que querem ampliar seus conhecimentos em assuntos acadêmicos para além dos jornais e noticiários de TV. Em alguns destes cursos, o número de aposentados já é maior do que o de estudantes nas aulas oferecidas por Pöppel na Universidade de Munique.