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Nigéria liberta 293 mulheres sob poder do Boko Haram

29 de abril de 2015

Entre elas, porém, não está nenhuma das 219 estudantes de Chibok sequestradas há um ano pelo grupo terrorista, afirma Exército nigeriano. Operação militar ocorre na floresta de Sambisa, uma base dos extremistas.

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Symbolbild Entführungen von Frauen und Mädchen in Nigeria
Foto: AFP/Getty Images/P. U. Ekpei

O Exército da Nigéria anunciou nesta terça-feira (28/04) a libertação de 293 mulheres – entre elas 200 meninas – sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram na floresta de Sambisa, uma base dos extremistas.

Entre as resgatadas, porém, não está nenhuma das mais de 219 estudantes raptadas em Chibok há um ano, segundo informou Sani Usman, porta-voz do Exército. As vítimas estão sendo submetidas a um processo de identificação para saber sua origem.

Em abril do ano passado, cerca de 300 estudantes foram sequestradas pelos extremistas no vilarejo de Chibok, nordeste nigeriano, a cerca de 100 quilômetros da floresta de Sambisa. Várias conseguiram fugir, mas 219 ainda permanecem sob poder dos terroristas. Uma campanha internacional foi deflagrada pela libertação das garotas, dando visibilidade ao grupo terrorista.

Segundo a agência de notícias AP, parte das mulheres resgatadas nesta terça-feira estava atacando o Exército, o que constata que o Boko Haram vem colocando mulheres armadas na linha de frente dos combates. O grupo já usou meninas e mulheres em ataques suicidas em mercados e áreas movimentadas em várias partes do país.

Desde o lançamento de uma ofensiva conjunta com tropas de Camarões, do Chade e do Níger, em fevereiro passado, o Exército nigeriano vem registrando um "notável êxito" no combate ao Boko Haram, como a libertação de 60 cidades ocupadas pelo grupo terrorista em três estados do norte do país. Agora, na ofensiva em Sambisa, quatro áreas ocupadas pelos radicais islâmicos foram devastadas.

O Boko Haram ameaça o governo da Nigéria e controla amplas áreas do norte, de maioria muçulmana. O grupo jurou fidelidade aos jihadistas do "Estado Islâmico", que ocupa territórios no Iraque e na Síria.

MSB/lusa/ap/rtr