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Netanyahu proíbe políticos judeus de visitar Cidade Velha

8 de outubro de 2015

Na tentativa de acalmar tensões em Jerusalém, premiê orienta parlamentares e ministros a não irem a santuário plurirreligioso. Israel vem sendo palco de uma série de incidentes violentos entre israelenses e palestinos.

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Foto: picture alliance/CPA Media

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, proibiu nesta quinta-feira (08/10) legisladores e ministros do país de visitar a mesquita de Al-Aqsa – que os israelenses chamam de Monte do Templo –, na Cidade Velha de Jerusalém. A medida é uma tentativa de acalmar a situação após vários dias de violência.

Todos os membros do gabinete e os legisladores da coalizão de direita de Netanyahu foram orientados a se absterem do santuário, comunicou uma autoridade israelense a jornalistas sob condição de anonimato.

Visitas ao complexo haviam aumentado durante o feriado judaico de três semanas que começou em 13 de setembro e terminou em 5 de outubro. Nesse período houve intensos confrontos entre manifestantes palestinos e a polícia israelense, além do assassinato de israelenses por jovens palestinos.

Netanyahu ordenou a proibição devido a preocupações de que as visitas de judeus ao local possam resultar em mais mortes.

Nesta quinta-feira, um árabe feriu quatro israelenses com uma chave de fenda em Tel Aviv, antes de ser morto a tiros por um soldado. Outros dois novos casos de esfaqueamento ocorreram nesta quinta-feira, deixando vários feridos. Uma série de ataques similares ocorreu nos últimos dias, perpetrados principalmente por jovens aparentemente sem ligação com grupos armados.

Em Jerusalém, o prefeito Nir Barkat carregou um rifle de assalto ao visitar um bairro árabe e encorajou outros proprietários de armas licenciadas a fazer o mesmo. Nesta quinta-feira, colégios e faculdades de Jerusalém entraram em greve para protestar contra a falta de segurança no campus. Barkat disse que os estudantes da cidade tinham sido "abandonados" e que a iminente ameaça de violência tornou impossível a ida aos estabelecimentos de ensino.

Na quarta-feira, Israel permitiu a oração de palestinos no complexo de Al-Aqsa após três dias de restrições supostamente destinadas a conter a violência. No entanto, Israel e Cisjordânia foram palco de mais incidentes violentos.

Netanyahu afirmou que civis israelenses estão na "linha de frente de uma guerra contra o terrorismo" e, portanto, precisam estar em "alerta máximo". O premiê adiou uma viagem à Alemanha, alegando ter de lidar com a crise em seu país.

PV/dpa/ap/afp