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Nenhum alívio no mercado alemão de trabalho

(rw)5 de dezembro de 2001

A Alemanha teve quase 3,8 milhões de pessoas sem trabalho em novembro, o que corresponde a uma cota de 9,2%. A taxa de desemprego no Leste do país é de 16,9%, o dobro da do oeste, de 7,4%.

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O número oficial de desempregados no país em novembro, divulgado nesta quarta-feira, confirma o início de uma leve recessão pregado por alguns analistas. O presidente do Departamento Federal do Trabalho prefere falar em leve depressão conjuntural.

Bernhard Jagoda reconhece que a situação da economia reflete-se principalmente no mercado de trabalho. E na Alemanha estes problemas começam a ser sentidos notadamente no ocidente do país, de maior concentração industrial, em conseqência da diminuição nas exportações.

Em novembro, 9,2% da população economicamente ativa na Alemanha estiveram sem trabalho (3.788.946 pessoas). Mais uma vez, a cota de desempregados no Leste do país (16,9%) é maior que o dobro da no oeste (7,4%), embora a situação no Leste tenha piorado 0,1% em relação ao mês anterior e no oeste, 0,2%. Já em relação a novembro do ano passado, o país tem 143.732 desempregados a mais.

Reação das empresas

– Um sinal de que as empresas estão reagindo às dificuldades econômicas é o aumento dos trabalhos de meio expediente. Segundo Jagoda, o número de trabalhadores com jornada de trabalho reduzida aumentou em 29.200, para 790 mil no mês passado.

Em vista da proximidade do inverno europeu, não há expectativas de melhoras neste quadro, embora a meta do chanceler federal, Gerhard Schröder, para o ano eleitoral de 2002, seja diminuir o número de desempregados para abaixo dos 3,5 milhões.

O economista Jörg Lüschow, do banco WestLB, de Düsseldorf, não acredita nisso e acha que o "número mágico" dos 4 milhões de desempregados será inclusive ultrapassado nos próximos meses. "A situação do mercado de trabalho deve reagir muito lentamente a uma recuperação da conjuntura alemã, se ela acontecer nos primeiros meses do próximo ano", prevê Lüschow.

O instituto de pesquisas econômicas Ifo, de Munique, conta de qualquer maneira com pouco mais de 4 milhões no início de 2002. Depende do frio em janeiro e fevereiro, advertem os economistas.