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Parque Arqueológico Xanten

DW (th/gr)16 de agosto de 2008

Localizado no Parque Arqueológico em Xanten, no vale do Baixo Reno, novo museu aposta em experiências sensoriais e objetos inusitados para oferecer ao turista uma visão mais realista da Era Romana.

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Estrutura metálica equivale a um prédio de oito andaresFoto: Andreas Schiblon

O museu do Parque Arqueológico de Xanten (APX) ou Colonia Ulpia Traiana (como o lugar era conhecido na Era Romana) abre as portas ao grande público neste sábado (16/08). A construção, que custou cerca de 22,5 milhões de euros, tem 24 metros de altura, o equivalente a um prédio de oito andares.

O objetivo do museu é oferecer ao visitante uma visão realista sobre a civilização romana. Sua localização, afastada do centro de Xanten, favorece a estrutura da imensa construção que não precisa competir visualmente com prédios modernos, como acontece com outros sítios arqueológicos na Alemanha, como Trier, Colônia e Bonn.

Para ajudar visitantes a compreenderem o tamanho que as construções romanas tinham, os arquitetos construíram prédios de estruturas metálicas no mesmo tamanho dos originais, e para calcular a altura original, basearam-se nas dimensões das fundações do lugar.

Muito mais que uma experiência visual

Römermuseum Xanten 2
Visitantes sentem como era o cotidiano em uma colônia romanaFoto: Andreas Schiblon

Para que os visitantes imerjam o mais próximo possível na realidade daquele tempo, o museu expõe os mais inusitados objetos, como parafernálias de uma oficina que produzia lâmpadas de argila, restos de barcas de rio e até mesmo criptas de cidadãos nobres.

Caixas com restos de telhas quebradas ou cheias de temperos típicos da gastronomia da época foram colocadas em meio ao acervo escavado. Os visitantes podem andar por cima de uma passarela de vidro, através da qual enxerga-se um caminho onde pegadas originais de crianças descalças, botas de soldados ou rastros de bigas romanas foram preservados na lama por cerca de vinte séculos.

A legião de César Augusto trouxe para essa região uma variedade de capacetes, que também estão expostos. Alto-falantes espalhados pelos corredores emitem vozes em latim e outras línguas antigas, reproduzindo o que se ouviria num dia qualquer na feira, por exemplo.

"Nosso museu não está aí para mostrar o que os arqueólogos encontraram", diz Hans-Joachim Schalles, diretor do museu. "Está aí para mostrar às pessoas comuns como uma colônia romana de fato era", explica.

Estão em exposição cerca de 2.500 itens que pretendem ilustrar ao visitante como o local se transformou de antiga vila germânica em cidade rica do Império Romano, toda decorada no estilo de Pompéia, até ser conquistada por tribos francas anos depois.

Escavações continuam

Deutschland Xanten das neue RömerMuseum wird eröffnet
Objetos de vidro constam entre os itens expostosFoto: picture-alliance/ dpa

Em torno no ano 100 da Era Cristã, o imperador romano Trajano foi responsável pela expansão da colônia em uma cidade com cerca de 10 mil habitantes, transformando-a em um dos maiores centros do norte do Império.

Objetos escavados da colônia, tal qual um grampo de cabelo de prata de origens germânicas, sugerem que era um lugar etnicamente misto, com celtas e germânicos vivendo entre os romanos e cultuando seus próprios deuses.

A maioria das ruínas ainda está debaixo da grama verde do APX e arqueólogos devem continuar seus trabalhos de mapeamento e escavações ainda por alguns anos. Autoridades locais esperam eventualmente poder expandir o sítio arqueológico para 73 hectares, a fim de inserir toda a região.