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Morte de dançarino desencadeia protesto violento no Rio

23 de abril de 2014

Uma pessoa morre e ruas de Copacabana são interditadas após moradores da comunidade Pavão-Pavãozinho protestarem de forma violenta pela morte de um dançarino.

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Foto: Reuters

A seis semanas do início da Copa do Mundo de 2014, o bairro de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, vivenciou momentos de violência na noite desta terça-feira (22/04).

Os protestos começaram após o corpo do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, de 25 anos, ter sido encontrado dentro de uma escola municipal na favela Pavão-Pavãozinho. Os moradores da comunidade acusam policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de terem espancado Douglas até a morte.

A assessoria de imprensa do Comando de Polícia Pacificadora disse que a polícia foi chamada por moradores para retirar um corpo encontrado dentro da escola, que não tinha sinais de bala.

Douglas, conhecido como DG, participava do programa Esquenta, da Rede Globo, e tinha uma filha de 4 anos, que morava com a mãe na favela. Os moradores da comunidade dizem que a polícia o confundiu com um traficante.

Indignados com a suposta ação policial, os moradores da comunidade queimaram pneus e outros objetos nas ruas, criando barricadas e interditando o trânsito em alguns pontos do bairro Copacabana. A Avenida Nossa Senhora de Copacabana e as ruas Barata Ribeiro e Pompeu Loureiro foram interditadas. A estação do metrô na Rua Sá Ferreira, nas proximidades da favela, foi fechada.

Segundo o jornal O Globo, policiais militares e o Corpo de Bombeiros foram para o local dos protestos. Com o reforço no policiamento, começou um intenso tiroteio dentro da comunidade, por volta das 18h30m. Um rapaz de 27 anos foi baleado e morreu após dar entrada no Hospital Miguel Couto.

A mãe de Douglas, Maria de Fátima da Silva, disse que o filho morreu por volta da 1h. "Mais de 12 horas depois pudemos ver o corpo. Ele estava numa postura defensiva, todo batido", afirmou, segundo a agência de notícias AFP. Ela disse que não havia sinais de bala no corpo.

AS/afp/lusa/abr