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Morre Margot Honecker, viúva de ex-líder da RDA

7 de maio de 2016

No Chile há duas décadas, ex-política alemã morre aos 89 anos em Santiago, após luta contra o câncer. Margot foi ministra da Educação da extinta RDA, e seu marido, Erich Honecker, o último ditador antes da Reunificação.

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Margot Honecker
Foto: Getty Images/AFP/M. Alvarez

Margot Honecker, viúva do ex-líder da Alemanha Oriental Erich Honecker, morreu nesta sexta-feira (06/05) em Santiago, capital do Chile, aos 89 anos. Segundo familiares citados pela imprensa local, ela lutava contra um câncer há anos.

Conhecida como "bruxa roxa", por conta da cor de seu cabelo e sua postura linha-dura, Honecker foi ministra da Educação da República Democrática Alemã (RDA), a Alemanha Oriental, entre 1963 e 1989, e implantou formação militar obrigatória nas escolas à época.

Seu marido, Erich Honecker (1912-1994) supervisionou a construção do Muro de Berlim em 13 de agosto de 1961 e passou a liderar a RDA em 1976. Ele foi forçado a renunciar seu cargo político pouco antes de o Muro cair, em 9 de novembro de 1989.

Com a Reunificação alemã, o casal pediu asilo à embaixada do Chile em Moscou em dezembro de 1991. Sete meses depois, após negociação diplomática, Erich Honecker foi entregue para julgamento às autoridades alemãs, e Margot foi enviada ao Chile junto com a filha Sonia, casada com um chileno.

Erich, acusado na Alemanha por crimes cometidos durante a Guerra Fria, foi libertado por razões humanitárias em 1993, por conta de um câncer no fígado. Ele viveu brevemente com sua mulher em Santiago do Chile até morrer, em 1994.

Até pouco tempo atrás, Margot – que sempre foi fiel a seus princípios comunistas – costumava viajar uma vez por ano à Cuba para realizar exames médicos.

Em 2012, em uma das pouquíssimas vezes que quebrou o silêncio, a viúva do ex-ditador deu uma entrevista à emissora alemã ARD e defendeu veementemente a Alemanha comunista, chamando de "estúpidos" aqueles que morreram tentando escapar para o oeste por cima do Muro.

Em 2014, Margot participou de um grande evento organizado pelo Partido Comunista do Chile em Santiago, a chamada Fiesta de los Abrazos (Festa dos Abraços). Um ano mais tarde, esteve presente na cerimônia em homenagem à líder comunista chilena Gladys Marín, morta em 2005.

EK/afp/dpa/efe/rtr