1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Morre irmão de menino sírio de foto que virou símbolo

20 de agosto de 2016

Garoto de 10 anos não resiste aos ferimentos sofridos no mesmo ataque aéreo em Aleppo que feriu seu irmão mais novo Omran. Foto do mais jovem rodou o mundo e chamou a atenção para as vítimas da guerra civil na Síria.

https://p.dw.com/p/1JmIe
Ali Daqneesh, irmão de Omran (na foto), não resistiu aos ferimentos do ataque aéreo e morreu em AleppoFoto: picture-alliance/AA/M. Rslan

Menino sírio retirado dos escombros

O irmão mais velho do menino sírio Omran – cuja imagem que o mostra coberto pela poeira e sangrando após um ataque aéreo rodou o mundo – não resistiu aos ferimentos e morreu em Aleppo, afirmou neste sábado (20/08) o fotógrafo da imagem emblemática, Mahmoud Raslan. A notícia foi confirmada pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos, por testemunhas e pelo conselho local.

"Ali, de 10 anos, morreu no hospital de Aleppo vítima dos ferimentos que sofreu em seu estômago", disse Raslan. As duas crianças, juntamente com os pais e outros dois irmãos, haviam sido resgatadas nesta quarta-feira dos escombros no distrito de Qaterji, que é controlado pelos rebeldes.

"Ali foi operado no dia do ataque. Ele estava estável ontem, mas hoje sua saúde se deteriorou e nós o perdemos", afirmou Raslan. O fotógrafo disse que esteve com a família de Ali e Omran e que ofereceu suas condolências. Segundo Raslan, os familiares estão sendo discretos porque temem uma possível retaliação depois que as imagens de seu filho se tornaram públicas.

A foto de Omran, atordoado e coberto de poeira e sangue, dentro de uma ambulância depois de um ataque aéreo, foi publicada por jornais do mundo inteiro.

Tanto a força aérea síria e seus aliados da Rússia têm realizado ataques aéreos frequentes em áreas de Aleppo controladas por rebeldes. Moscou negou que caças de sua Força Aérea tenham atingido civis. A Anistia Internacional tem acusado a Rússia e o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, de bombardear áreas residenciais e de aparentemente alvejar hospitais de forma deliberada.

PV/dpa/rtr