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Mordida do atacante uruguaio Suárez é destaque na imprensa europeia

Bruna Scirea25 de junho de 2014

"O anjo de dentes cerrados", diz o Spiegel Online. "O tubarão-branco do futebol", escreve o "Süddeutsche Zeitung", comentando a imprevisibilidade de Luis Suárez.

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Foto: JAVIER SORIANO/AFP/Getty Images

A mordida do atacante uruguaio Luis Suárez no zagueiro italiano Giorgio Chiellini, durante a partida disputada entre as duas seleções nesta terça-feira (24/06), em Natal, repercutiu na imprensa europeia, que criou novos apelidos para o craque da Celeste.

Em matéria intitulada "O anjo de dentes cerrados", título que pode também ser entendido como "O anjo determinado", a versão online da revista alemã Der Spiegel fala das contradições de Suárez e o compara a jogadores polêmicos, como o português Pepe e o italiano Balotelli.

O artigo inicialmente relata a primeira mordida do atacante uruguaio em campo, ocorrida em novembro de 2010, quando ainda jogava pelo Ajax Amsterdam, da Holanda. E segue: "Do incidente à mordida no jogador Chiellini, na noite de terça, se passaram não apenas três anos e dezenas de gols, mas também repetidas transgressões e perdas de controle em campo."

"E assim Suárez não é apenas, talvez, o melhor atacante do mundo, caçado pelo Barcelona e pelo Real Madrid, como também o jogador mais polêmicos do futebol mundial, à frente até de Pepe, de Portugal, e do italiano Mario Balotelli", escreve o Spiegel Online.

A matéria recapitula a vida do uruguaio, que "bebia muito na juventude" e "vivia de festa". Mas, aos 16 anos, ele aprendeu a se conter e virou um profissional. Colegas e treinadores o elogiam como um dos melhores jogadores que conhecem. Segundo ex-treinadores, Suárez é um "anjo", mas quando entra em campo, se transforma num "demônio".

O jornal alemão Süddeutsche Zeitung comparou o ídolo da Celeste a um animal feroz e imprevisível: "Na seleção uruguaia, ele é chamado de monstro".

"Na terça-feira ao meio-dia, no 1 a 0 contra a Itália, o tubarão-branco do futebol mundial mordeu novamente. Os olhos estavam abertos, a boca, escancarada. Foi por trás, no ombro esquerdo de Giorgio Chiellini. O homem que por sua capacidade de marcar gols leva o apelido de El Pistolero mostrava o seu outro lado, o imprevisível. Mais uma vez", escreve o jornal, em matéria intitulada "O tubarão-branco do futebol mundial".

Em "Luis Suárez volta a morder", o espanhol El País destaca o lado instintivo e passional do jogador uruguaio.

"Para Luis Suárez, é preto ou branco, não existe o meio-termo, ele é passional até o fim. Não à toa deixou o seu país por amor – viajou a Groningen para estar perto de sua namorada Sofia, que vivia em Barcelona, agora sua esposa e mãe de seus filhos – tendo a Holanda como destino. Os gols o levaram ao Ajax, e a distintiva garra charrua também o levou a um primeiro deslize. (...) O furor do momento, a descarga de adrenalina e a obsessão pela bola se impõem num jogador reincidente", escreve o jornal.