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Montadoras se recuperam graças às exportações

(ns)13 de agosto de 2002

O setor automobilístico registrou uma virada em junho e julho: aumentaram a produção, o número de carros novos emplacados na Alemanha e as exportações. O setor de utilitários também dá os primeiros sinais de recuperação.

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Audi RS6, em sua premiere, este ano, em GenebraFoto: AP

O mercado automobilístico está se recuperando, tanto na Alemanha como no exterior. Os dados de julho confirmam a tendência que já se fizera notar em junho. A demanda de automóveis alemães aumentou 2% em relação a julho de 2001, informou a Confederação Alemã das Indústrias Automobilísticas (VDA), na segunda-feira (12), em Frankfurt. "A indústria automobilística alemã engatou uma marcha mais alta, mas ainda continua andando em baixa rotação", comentou o presidente da VDA, Bernd Gottschalk.

A produção de automóveis aumentou 9% para 395.100 unidades em julho e a exportação, 12% em relação a julho de 2001. Ao todo foram exportados 294.400 automóveis e peruas. Na Alemanha foram emplacados 282 mil automóveis em julho (+2%). As marcas estrangeiras, contudo, foram as mais favorecidas, com um aumento de 4%, correspondente a 92 mil unidades.

Montadoras produziram 6% a menos em 2002

"Este ano o mês de julho teve um dia útil a mais do que em 2001, o que causou uma ligeira distorção para mais nos dados de aumento da produção", observa Gottschalk, colocando o desempenho das montadoras no devido patamar.

A tendência positiva de junho e julho diminui cada vez mais os prejuízos acumulados no primeiro semestre. Assim, de janeiro a julho saíram das montadoras alemãs quase 3 milhões de automóveis (2,97 milhões), 6% a menos do que no mesmo período de 2001. Em junho, ao encerrar-se o primeiro semestre, a produção assinalava uma queda de 8%.

A exportação desde janeiro atingiu um volume de 2,08 milhões de unidades (-4%). Nos veículos emplacados (1,98 milhão), a queda foi de 3%. O motor diesel continua se impondo. Pelo último levantamento, 37% dos carros em circulação na Alemanha no primeiro semestre tinham um motor diesel (33% em 2001).

Maior demanda de caminhões pesados

O setor de utilitários, um dos que mais sofreu os efeitos do desaquecimento da conjuntura e da queda de investimentos em infra-estrutura, também deverá se recuperar dentro em breve. A confederação já detectou os primeiros indícios nesse sentido. Isso deverá ficar patente na próxima Feira de Utilitários (Nutzfahrzeug-IAA), a realizar-se em setembro, em Hanôver.

Os ônibus continuam sendo o grande problema. Mas no setor de caminhões, a demanda interna foi 8% inferior à do ano passado em julho. As encomendas do exterior registraram uma queda de 13%. A situação é diferenciada no tocante a caminhões de mais de seis toneladas: enquanto a demanda interna diminuiu 13%, as encomendas para exportação aumentaram 11%.

De janeiro a julho, os fabricantes alemães de utilitários registraram uma diminuição de 4% das encomendas internas e de 8% do exterior. A produção total até julho foi de 201.400 unidades, 13% a menos do que em 2001. Na avaliação da VDA os utilitários de fabricação alemã devem conquistar novos mercados principalmente na Ásia. Enquanto os negócios no Leste Europeu se mantém estáveis, a América do Sul deixou de ser um setor de crescimento com a crise econômica.