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Ministro francês anuncia viagem ao Irã

21 de julho de 2015

Laurent Fabius aposta na antiga parceria comercial e diz que linha dura da França nas negociações nucleares não dificultará negócios. Ele será o primeiro ministro do Exterior francês a visitar o país em 12 anos.

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Foto: Reuters/L. Foeger

O ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, disse nesta terça-feira (21/07) que irá o Irã na semana que vem. Será a primeira visita de um ministro francês da pasta à República Islâmica em 12 anos.

Fabius deve se encontrar com o presidente Hassan Rohani, poucos dias após a assinatura do acordo histórico entre Teerã e o grupo P5+1 – formado pelos países com poder de veto no Conselho de Segurança da ONU (Reino Unido, França, Estados Unidos, China e Rússia) mais a Alemanha. Fabius afirmou que a linha dura da França perante o Irã nas negociações nucleares não vai afetar os negócios entre os dois países quando as sanções estiverem suspensas.

"É verdade que a França foi muito firme. Empresas francesas serão penalizadas por isso? Minha reposta é não, porque, no passado, tivemos uma presença importante no Irã. Nossa expertise é profunda em diversos campos. Acho que, na política internacional, não se perde nada sendo respeitado", disse o ministro.

Com mais de 80 milhões de habitantes, o mercado iraniano é bastante atraente para empresas francesas, como as fabricantes de automóveis PSA Peugeot Citroen e Renault e a petrolífera Total.

Segundo a comitiva de Fabius, a visita está prevista para a próxima quarta-feira. Fabius disse que foi convidado pelo colega de pasta iraniano, Mohammad Javad Zarif, que já o havia feito antes. "Só que eu não tinha aceitado, mas agora estão reunidas as condições para a viagem", disse o ministro francês.

A visita de Fabius terá lugar depois da visita de dois dias do ministro da Economia e vice-chanceler federal da Alemanha, Sigmar Gabriel, nesta semana – o primeiro dirigente ocidental a ir à República Islâmica após a conclusão do acordo nuclear. Gabriel cumpriu agenda em Teerã com comitiva de empresários e representantes do setor de ciência para estreitar relações com o Irã.

MP/lusa/rtr