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Ministro alemão prevê bons resultados da Cúpula Rio + 10

(sv)18 de julho de 2002

Jürgen Trittin, ministro verde do Meio Ambiente, acredita que a próxima Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece em Johanesburgo, pode trazer abertura de mercado aos países em desenvolvimento.

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Foto: AP

"Pode-se conseguir chegar a um consenso, inclusive com a participação dos Estados Unidos", afirmou Trittin após o encontro preparatório ocorrido na última quarta-feira (17), na sede da ONU em Nova York. Segundo o ministro, foram debatidos na reunião quatro dos seis problemas ainda insolúveis envolvendo o meio ambiente e o desenvolvimento, que farão parte da pauta da Cúpula de Johanesburgo, agendada para agosto próximo. O encontro reuniu políticos de 25 países, conhecidos como "grupo de amigos".

Subsídio -

Segundo Trittin, a questão central a ser debatida em Johanesburgo é o acesso dos países em desenvolvimento ao comércio internacional. Para isso, "os países desenvolvidos deverão mudar suas políticas aduaneiras e de subsídios agrícolas. As nações desenvolvidas gastam seis vezes mais com subsídios agrícolas do que com ajuda ao desenvolvimento", criticou o ministro.

Para Trittin, o mais importante no próximo encontro de cúpula em Johanesburgo é definir objetivos concretos, que deverão ser atingidos num espaço de tempo definido. O governo alemão vê como alvo, por exemplo, a redução de 50% do número de pessoas que não têm acesso à água potável até o ano de 2015. Até 2010, um percentual de 15% da energia produzida em todo o mundo deverá ser obtido através de fontes de energia renováveis. Hoje, produz-se 13% da energia dessa forma.

Culpados -

A questão envolvendo os "agentes causadores" dos danos ambientais pôde ser, segundo o ministro alemão, debatida sem maiores desavenças na reunião preparatória em Nova York. De acordo com a resolução do grupo, países e instituições que causam danos ao meio ambiente em várias regiões do planeta deverão arcar com a responsabilidade em todas as áreas onde atuam. Além disso, o "grupo de amigos" definiu que as verbas reservadas para medidas de proteção ao meio ambiente deverão passar de 2 para 2,7 bilhões de dólares.

Durante a última conferência preparatória para a Cúpula de Johanesburgo, que aconteceu em maio último, em Bali, ficaram abertas questões cruciais sobre o acesso dos países em desenvolvimento ao mercado internacional. Representantes de nações africanas sinalizaram que pretendem apoiar algumas das resoluções a serem ratificadas em Johanesburgo somente se os países desenvolvidos reduzirem ou abolirem políticas de subsídio que tornam a concorrência internacional impossível para os países pobres.