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Romenos protestam contra descriminalização da corrupção

2 de fevereiro de 2017

Protesto é o maior realizado no país desde a queda do comunismo, em 1989. Manifestantes pedem que governo retire decreto que descriminaliza casos de corrupção que causarem danos de até 44 mil euros.

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Mais de 100 mil romenos protestam em Bucareste
Mais de 100 mil romenos protestam em BucaresteFoto: picture-alliance/AP Photo/V. Ghirda

Mais de 250 mil romenos foram às ruas em várias cidades do país nesta quarta-feira (01/02) protestar contra um decreto aprovado pelo governo que descriminaliza alguns casos de corrupção e pedir a renúncia do governo social-democrata, eleito em dezembro. Esse foi o maior protesto realizado na Romênia desde a queda do comunismo, em 1989.

Somente em Bucareste, o protesto reuniu cerca de 100 mil manifestantes. "Retirada do decreto", "renúncia" e "ladrões" foram algumas das frases e expressões gritadas por milhares de pessoas em frente à sede do governo, enquanto outros manifestantes erguem cartazes nos quais se lia "traidor".

Segundo a imprensa romena, milhares de pessoas protestaram em várias cidades do país. "Não creio que na Europa exista algo parecido com isto. Não pararemos até o governo revogar [o decreto]", disse Florin Toma, um dos manifestantes.

Durante os protestos, alguns manifestantes jogaram garrafas contra policiais, que responderam com canhões de água. Quatro agentes de segurança e dois manifestantes ficaram feridos.

Os protestos tiveram início na terça-feira, depois de o governo aprovar um decreto de emergência para descriminalizar casos de corrupção que causarem danos ao Estado de até 44 mil euros.  Nesses casos, o decreto prevê uma série de procedimentos administrativos e civis para recuperar o dinheiro e castigar os responsáveis.

A medida recebeu fortes críticas dentro e fora do país e provocou os maiores protestos na Romênia desde a queda do comunismo, em 1989.

A oposição de centro-direita anunciou nesta quarta-feira uma moção de censura. O principal órgão de Justiça do país está preparando ainda um recurso contra a medida.

CN/dpa/lusa/rtr