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Milberg deixará presidência da BMW

(rw)5 de dezembro de 2001

Depois de três anos, Joachim Milberg, de 58 anos, quer deixar a presidência da empresa em maio por motivos pessoais. Seu sucessor deverá ser o diretor financeiro, Helmut Panke, de 55 anos.

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Joachim Milberg ficará no conselho administrativo da empresaFoto: AP

Depois de três anos na presidência da BMW, Joachim Milberg surpreendeu nesta terça-feira ao anunciar que pretende deixar o cargo em maio do próximo ano. A decisão foi anunciada na reunião do conselho administrativo da empresa, em Munique.

Milberg, de 58 anos, é professor universitário de Tecnologia da Produção. Ele está na diretoria da Bayerische Motoren-Werke (BMW) desde 1993 e ficaria até 2003. Em novembro de 1999, sucedeu a Bernd Pischetsrieder na presidência, depois que este caiu por causa da crise na ex-subsidiária Rover.

Motivos pessoais – Um porta-voz da empresa destacou que altos postos na BMW nunca foram motivo de realização pessoal para Milberg, que no ano passado sofreu uma cirurgia de disco, na coluna vertebral. Além disso, ele esquivou-se, assim, de um debate em torno de sua sucessão, já que a idade limite para este posto na empresa é 60 anos. Para sucedê-lo, ele apontou o diretor financeiro Helmut Panke, de 55 anos, na diretoria desde 1996.

O diretor administrativo, Volker Doppelfeld, destacou o trabalho de Milberg: "Ele introduziu uma nova forma de trabalho coletivo, de sinceridade e de transparência. Sob sua presidência, a BMW viveu a melhor fase de sua história."

Alto faturamento

– Apesar dos problemas com a britânica Rover, no ano passado, a montadora alemã conseguiu o melhor resultado operacional já obtido, com 1,66 bilhão de euros. A decisão de Milberg foi elogiada por analistas. Estes, ao mesmo tempo, saudaram a escolha do sucessor, que deve zelar pela continuidade da estratégia da firma.

Panke, responsável pelas finanças da empresa desde 1999, deve apresentar recorde no faturamento este ano. Panke está na BMW desde 1982 e, antes de ingressar na diretoria, liderou as vendas nos Estados Unidos.

Christian Breitsprecher, do Deutsche Bank, manifestou-se surpreso com a notícia, mas acrescentou tratar-se do melhor momento, pois a empresa passa por boa fase. Também a família Quandt, que detém 47% das ações da montadora bávara, anunciou que apóia e saúda o novo presidente. Ele deve assumir na assembléia geral da montadora, em maio do próximo ano.