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Metalúrgicos vão ampliar greve a Berlim e Brandemburgo

(ns)8 de maio de 2002

A greve dos metalúrgicos, que começou na última segunda-feira (06/05), no estado de Baden-Württemberg, onde a Porsche e a Mercedes-Benz têm suas montadoras, deve se estender a partir do dia 13.

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Logotipo do Sindicato dos Metalúrgicos, IG-MetallFoto: AP

Em sua luta por um aumento salarial de 6,5%, o Sindicato dos Metalúrgicos resolveu aumentar a pressão sobre os empregadores, ampliando a greve. A partir da próxima segunda-feira (13), ela será estendida a Berlim e Brandemburgo. Usando sua nova tática de "greve flexível", alternando regiões, empresas e turnos, o IG-Metall escolheu 25 empresas nesses estados, com um total de 10 mil trabalhadores.

A greve começou na segunda-feira (06), em Baden-Württemberg, concentrando-se nas indústrias automobilísticas. Nesta quarta-feira, foi a vez de 33 empresas de porte médio nesse estado, o que representou a paralisação de 13 mil operários. Na Renânia do Norte-Vestfália, onde se situa Colônia, participaram da greve 9300 trabalhadores de 75 empresas na quarta-feira.

"Se os empregadores estiverem dispostos a ceder, a greve pode ser suspensa rapidamente. Mas se for preciso, continuará por várias semanas", disse o sindicalista Berthold Huber, perante 1800 metalúrgicos da Voith, em Heidenheim. A última oferta dos empregadores foi de 3,3%.

Empresas médias serão prejudicadas

Segundo o presidente da Confederação das Indústrias Alemãs (BDI), Michael Rogowski, ex-presidente da Voith, a greve causará um grande prejuízo e levará a cortes de empregos. "As empresas de porte médio são as que mais sofrerão com os aumentos salariais. 40% dessas empresas não fizeram lucros, ou até tiveram prejuízos nos últimos anos", disse Rogowski.

O presidente da Federação das Indústrias Metalúrgicas Alemãs, Martin Kannegiesser, por sua vez, criticou a extensão da greve a Berlim e Brandemburgo, dizendo que isso não irá facilitar um entendimento. No entanto, ele mostrou-se disposto a voltar à mesa de negociações com o sindicato. "Nós não vamos apresentar uma nova oferta, mas também não esperamos do IG-Metall que aceite uma proposta inferior a 4%", observou.