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Metade dos jovens europeus vê democracia com ceticismo

Matt Zuvela
4 de maio de 2017

Pesquisa mostra que só 52% dos europeus com idades entre 16 e 26 anos acreditam na democracia. Desconfiança é mais elevada em França, Itália e Polônia.

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Deutschland Pulse of Europe - Demonstration in München
Jovens fazem manifestação pró-União Europeia em Munique, na Alemanha, em março deste anoFoto: picture-alliance/Zuma Press/S. Babbar

Um estudo divulgado nesta quinta-feira (04/05) revelou que somente 52% dos jovens europeus realmente acreditam na democracia. Segundo a pesquisa YouGov, encomendada pela Fundação TUI, jovens da Alemanha e da Grécia são os que se demonstraram mais favoráveis a esse sistema de governo (62% e 66%, respectivamente) na Europa, enquanto que jovens da França (42%), Itália (45%) e Polônia (42%) estão entre os menos convencidos de sua eficácia. 

A pesquisa salientou que os três últimos países têm observado um aumento de movimentos populistas. Na França, o segundo turno, neste domingo, deverá decidir se Marine Le Pen, uma candidata da extrema direita de discurso nacionalistas, será a nova presidente. As pesquisas indicam, contudo, que Emmanuel Macron, candidato centrista, deverá sair vitorioso.

O estudo YouGov, realizado entre 16 de fevereiro e 3 de março, entrevistou 6 mil pessoas com idades entre 16 a 26 em Reino Unido, França, Alemanha, Grécia, Itália, Polônia e Espanha.

Outra constatação do estudo é que os jovens veem a União Europeia mais como uma aliança econômica (76%) do que como um agrupamento de países com valores culturais comuns (30%).

"Uma Europa, cujo valor seja percebido, sobretudo, nas vantagens do mercado comum, ameaça se tornar acessória e arbitrária", diz Thomas Ellerbeck, presidente do conselho administrativo da Fundação TUI. "Por isso, é importante se discutir os valores comuns da Europa. Aqui todos os atores sociais são necessários, não apenas os políticos."

Nos sete países pesquisados, uma média de um em cada cinco entrevistados se disse a favor de que seu país deixasse a UE. O índice foi maior na Grécia (31% para deixar o bloco) e mais baixo na Alemanha e na Espanha, onde 12% votariam pela saída.

Entrevistados gregos foram os que mais demonstraram interesse na devolução de parte do poder da UE aos governos nacionais, com 60% deles a favor da ideia. A média entre os entrevistados foi de 38%, enquanto apenas 22% dos alemães indicaram desejar que a UE faça tal concessão.