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Merkel diz que convocar novas eleições seria erro

25 de novembro de 2017

Em convenção da CDU, chanceler federal alemã afirma que é necessário formar um novo governo "rapidamente". Schulz aceita participar de diálogo, mas ressalta que não haverá "automatismo" em nenhuma direção.

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Merkel participou de convenção da CDU no estado de Mecklemburgo-Pomerânia OcidentalFoto: picture alliance/dpa/B. Wüstneck

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, descartou neste sábado (25/11) a realização de novas eleições como uma solução ao impasse político no país, que após dois meses das eleições, ainda não conseguiu formar um governo de maioria no Parlamento.

Leia mais: Por que o impasse alemão não é uma crise

"Eu não estou absolutamente convencida de que, se não podemos fazer nada acerca do resultado [das eleições], que deveríamos pedir às pessoas que votem novamente", afirmou a líder da União Democrata Cristã (CDU) numa convenção do partido no estado de Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental. "Eu considero isso totalmente errado", acrescentou.

"É uma situação que nunca ocorreu na história da Alemanha"

Merkel reiterou que os políticos alemães têm a responsabilidade de encontrar uma solução. "A Europa precisa de uma Alemanha forte. É desejável que se forme um novo governo rapidamente", disse.

A política alemã está mergulhada num impasse desde o fracasso das negociações para a formação da chamada "coalizão Jamaica" entre os conservadores da União CDU/CSU (União Democrata Cristã/União Social Cristã), chefiada por Angela Merkel; o Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão); e o Partido Verde.

Em Berlim, muito se discute sobre um possível governo minoritário, em que a CDU de Merkel, mais a CSU e ou o Partido Verde ou o FDP, ficariam sempre dependendo dos votos da oposição, de caso para caso. Merkel, no entanto, chegou a afirmar, no início da semana, que preferiria novas eleições à formação de um governo de minoria.

Schulz aceita diálogo

O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, se reuniu nesta semana com líderes dos partidos para pôr uma solução à crise.

Saarbrücken Juso Bundeskongress Martin Schulz
Martin Schulz diz que diálogo com Merkel não implica em "automatismo" em nenhuma direçãoFoto: picture-alliance/dpa/O. Dietze

Nesta sexta-feira (24/11), o líder social-democrata alemão, Martin Schulz, aceitou o chamado de Steinmeier para dialogar com Merkel por "responsabilidade" com a Alemanha e a Europa, e assegurou que, no caso de participar de um novo governo, submeterá as decisões ao voto das bases do partido.

Schulz ressaltou que a aceitação do diálogo não implica num "automatismo" em nenhuma direção. Na próxima semana, Merkel e Schulz irão se reunir com Steinmeier e o presidente da CSU, Horst Seehofer.

Desde o resultado das eleições, realizadas em 24 de setembro, Schulz havia rejeitado a possibilidade de formar uma nova grande coalizão com os conservadores e tinha defendido que o partido devia "regenerar-se" na oposição, razão pela qual era partidário da convocação de novas eleições.

Depois da conversa com Steinmeier, Schulz garantiu que o SPD "certamente" irá atuar com responsabilidade e, em nenhum caso, o partido irá praticar "obstrução parlamentar", caso passe à oposição.

Neste sábado, o líder do Partido Verde, Cem Özdemir, disse que a legenda vai continuar a contribuir e "assumir as suas responsabilidades" para a formação do novo governo.

KG/dpa/rtr/afp/efe

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