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Marinha alemã envia navios para missão antiterror na África

Augusto Valente2 de janeiro de 2002

Além da presença do Exército alemão na Força Internacional para o Afeganistão, a Marinha parte para garantir a segurança na costa nordeste africana.

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A fragata "Köln" deixa Wilhelmshaven, rumo à ÁfricaFoto: AP

Após a chegada da equipe de esclarecimento em Cabul, novos soldados da Bundeswehr já se preparam para partir em direção ao Afeganistão. Segundo o Ministério da Defesa, cerca de 200 homens serão enviados para a região, nas próximas duas semanas.

Sua mobilização, contudo, depende das informações coletadas pelos nove oficiais alemães participantes da equipe de esclarecimento, que chegaram pela manhã à capital afegã. Eles estudam as condições de alojamento e abastecimento para os soldados. Além disso, é necessário instalar uma central médica e contratar intérpretes. O Ministério da Defesa não divulgou dados sobre o contingente total a ser estacionado no Afeganistão.

A equipe de reconhecimento da Força Internacional para o Afeganistão (ISAF) aterrissou na madrugada desta quarta-feira na capital Cabul. A bordo da aeronave militar encontravam-se 30 oficiais de 17 países, dentre os quais nove oficiais alemães. Sua missão é estudar as condições de logística para a chegada dos próximos membros da tropa internacional, cujo total abarcará cerca de 4500 homens.

Liberdade duradoura na África

Ainda dentro da investida internacional antiterrorismo, seis navios da Marinha alemã deixaram na quarta-feira o porto de Wilhelmshaven, no Mar do Norte. A frota chegará dentro de três semanas ao Golfo de Áden, no nordeste da África, após uma parada intermediária na base da OTAN na ilha de Creta, no Mar Mediterraneo, em meados de janeiro.

Juntamente com navios britânicos, este comboio militar se encarregará da segurança dos caminhos marítimos que oferecem entrada para o Mar Vermelho, além de procurar interceptar conexões de organizações terroristas.

Os seis navios apóiam a operação norte-americana Enduring Freedom (Liberdade duradoura). A primeira mobilização da Marinha alemã na guerra antiterror deverá durar de oito a doze meses. O mandato do Bundestag (Parlamento federal alemão) para este fim limita em 1800 o contingente máximo. Ainda não está claro onde se localizará a base da frota na costa nordeste do continente africano, a partir de onde serão abastecidos os navios e os 750 marinheiros e oficiais a bordo. Entre eles encontram-se mais de dez mulheres, sobretudo na área paramédica.

Segundo o presidente da Associação do Exército Alemão, Bernhard Gertz, os participantes da operação terão que enfrentar condições bastante difíceis. Isso se aplica sobretudo à tripulação das embarcações rápidas, as quais também partirão para a África na sexta-feira, a bordo de navios de transporte.