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Manifestações reúnem apoiadores de Trump nos EUA

5 de março de 2017

Marchas concentraram manifestantes a favor do presidente em mais da metade dos estados americanos. Em algumas cidades, defensores do republicano não passam de dezenas, e confrontos com opositores são registrados.

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Manifestante demonstra apoio a Trump em Washington
Manifestante demonstra apoio a Trump em WashingtonFoto: DW/M. Shwayder

Apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram às ruas neste sábado (04/03) numa série de manifestações realizadas em 28 dos 50 estados do país, segundo estimativas – de Nova York a São Francisco. A mobilização foi organizada por meio das redes sociais com a hashtag "March4Trump".

Em muitas cidades, as manifestações não reuniram mais que algumas dezenas de pessoas. Em algumas, os apoiadores de Trump foram quase superados em números por opositores do republicano, evidenciando a divisão do país.

Em frente à residência do presidente em Palm Beach, na Flórida, onde ele passa o fim de semana, cerca de 300 pessoas expressaram seu respaldo ao republicano. Trump cumprimentou os manifestantes da janela do carro que o trazia de um clube de golfe.

Pouco depois, como em outras cidades do país, 25 opositores do presidente compareceram ao local. Ambos lados trocassem insultos, sem registro de distúrbios. Entre os apoiadores de Trump havia um bom número de latinos, especialmente cubano-americanos.

Muitos dos manifestantes chegaram em ônibus vindos de Miami, cidade ao sul de Palm Beach, onde também se reuniram cerca de 2 mil pessoas em apoio ao presidente.

Com bandeiras americanas e vários cartazes, em alguns com a mensagem "Cubans for Trump", os simpatizantes do presidente pediram que seja dada "uma oportunidade" ao presidente.

Manifestação pró-Trump em Berkeley, na Califórnia
Em Berkeley, na Califórnia, dez pessoas foram detidas e sete ficaram feridasFoto: Reuters/S. Lam

País dividido

Marchas foram realizadas inclusive em estados de raízes democratas, como a Califórnia, onde houve pelo menos quatro concentrações a favor de Trump, nas cidades de Ventura, San Diego, Redding e Berkeley.

Em Berkeley, foram registrados momentos de tensão quando simpatizantes de Trump se encontraram com opositores. Segundo a polícia, dez pessoas foram detidas e sete ficaram levemente feridas.

Em Nova York, cerca de cem pessoas se reuniram em Nova York em frente à Trump Tower usando bonés com o slogan "Make America Great Again" ("Faça os EUA grandes de novo"), que o presidente lançou durante a campanha eleitoral.

Em Washington, cerca de 150 pessoas marcharam diante do Monumento de Washington à praça Lafayette, diante da Casa Branca, em apoio ao presidente.

Na cidade de St.Paul, em Minnesota, seis pessoas foram detidas após uma confusão entre apoiadores e opositores do presidente durante uma concentração ocorrida no capitólio estadual. As autoridades não informaram se os detidos protestavam contra ou a favor do presidente.

Numa manifestação na Carolina do Norte, apoiadores do presidente criticaram a mídia como desonesta e defenderam as propostas do presidente. "Vamos recuperar nosso país e vamos estabelecer fronteiras e ter uma imigração legal e lei e ordem", disse a manifestante Cherie Francis, em Cary, na Catrolina do Norte.

Em Austin, no Texas, a polícia contabilizou cerca de 300 manifestantes a favor de Trump. A organizadora, Jennifer Drabbant, afirmou que houve tantos protestos contra o presidente que era preciso mostrar que há pessoas que o apoiam.

A maioria das marchas pelo país foram pacíficas e não resultaram em violência, como a de de Lansing, no Michigan. Cerca de 200 apoiadores de Trump foram às ruas da cidade, deparando-se com cerca de 100 opositores do presidente.

"Como alguém pode ficar desapontado quando se trazem empregos de volta? E ele prometeu que vai garantir a segurança das nossas fronteiras, e é exatamente isso que está fazendo", disse Meshawn Maddock, um dos organizadores do evento em Lansing.

Brandon Blanchard, que foi às ruas em repúdio ao presidente, disse que estava manifestando seu apoio aos imigrantes, muçulmanos e transgêneros, grupos que foram alvo de políticas e da retórica de Trump. "Sinto que todo americano que votou em Trump foi enganado", disse.

LPF/efe/rtr/ap