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Mais de 40 países pretendem abandonar combustíveis fósseis

18 de novembro de 2016

Compromisso é firmado por grupo de países mais vulneráveis ao aquecimento global, durante conferência da ONU sobre o clima. Objetivo é adotar apenas fontes de energia renováveis o mais rápido possível.

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Conferência do clima da ONU em Marrakesh
Conferência do clima da ONU em Marrakesh visa estabelecer detalhes da implementação do Acordo de ParisFoto: picture-alliance/dpa/M. Messara

Um total de 47 países se prontificou nesta sexta-feira (18/11) a eliminar progressivamente o uso de combustíveis fósseis até sua completa substituição por fontes de energia renovável o mais rápido possível, o mais tardar até 2020. O compromisso foi firmado em Marrakesh, no Marrocos, durante a conferência da ONU sobre o clima (COP 22).

Dos 47 signatários, 43 pertencem ao "Climate Vulnerable Forum" (CVF), que inclui países da África, Ásia, Caribe e do Pacífico Sul. Estes são os mais vulneráveis do mundo às mudanças climáticas, devido ao aumento do nível do mar, secas e tempestades – fenômenos que podem ser agravados pelo aquecimento global.

"Somos pioneiros na transformação rumo a uma energia 100% renovável, mas queremos que outros países sigam os nossos passos a fim de evitar os impactos catastróficos que temos vivido na forma de furacões, enchentes e secas," disse Mattlan Zackhras, ministro-em-assistência do presidente das Ilhas Marshall, cargo equivalente ao de vice-presidente. As Ilhas Marshall são ameaçadas pelo aumento do nível dos oceanos, em parte devido ao derretimento de calotas polares decorrentes do aquecimento global. 

O objetivo da COP 22, que se encerra nesta sexta-feira, é definir os detalhes do Acordo do Clima de Paris, firmado no ano passado. O pacto visa limitar o aquecimento global para "bem abaixo de dois graus Celsius". 

No início desta semana, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU, estimou que o ano de 2016 deverá ser o mais quente que se tem registro. 

IP/dpa/afp