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Mais de 200 imigrantes cruzam fronteira de cidade autônoma espanhola

28 de fevereiro de 2014

Grupo pula cerca e consegue deixar Marrocos para entrar no território de Melilla, no norte da África. É a terceira vez que uma passagem em massa de ilegais acontece na região no intervalo de menos de duas semanas.

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Foto: picture-alliance/dpa

Mais de 200 imigrantes ultrapassaram nesta sexta-feira (28/02) a fronteira que separa Marrocos da cidade autônoma espanhola de Melilla, no norte da África, e conseguiram entrar no território espanhol. Trata-se da maior entrada de imigrantes na região desde 2005.

De acordo com as autoridades espanholas, 214 imigrantes chegaram a lançar pedras e garrafas contra as forças de segurança espanholas e conseguiram cruzar a cerca de sete metros de altura colocada na fronteira para ter acesso a Melilla. Os que conseguiram cantaram e vibravam por alcançarem o objetivo.

O grupo foi colocado no Centro de Permanência Temporária de Imigrantes (Ceti) da cidade autônoma, que já se encontra superlotado por causa de seguidas entradas de estrangeiros nas últimas semanas.

De acordo com o diretor do Ceti, Carlos Montero, o local – que tem capacidade para receber 480 pessoas – está atualmente com 1.300 imigrantes. O centro pretende pedir reforços ao Exército e à Cruz Vermelha para montar mais barracas e disponibilizar mais alimentos.

O Ceti é considerado uma porta de acesso à Península Ibérica. Os imigrantes, ao chegarem ao local, recebem atendimento médico, roupas, comida e são enviados para outros centros localizados na parte europeia do território espanhol.

A passagem em massa de imigrantes desta sexta-feira foi a terceira em menos de duas semanas. A entrada ilegal na fronteira de Marrocos com Ceuta e Melilla é frequente há anos, apesar de, em 2005, o governo espanhol ter elevado a segurança das imediações da passagem, que conta com um muro.

Na segunda-feira (17/02) cerca de 150 imigrantes conseguiram entrar em território espanhol. Alguns dias antes, porém, em outra tentativa, 15 pessoas morreram afogadas ao fugirem das forças de segurança espanholas, num episódio que causou grande polêmica no país.

A Espanha pediu ajuda à União Europeia para diminuir a pressão migratória procedente da África em sua fronteira com o Marrocos. O governo de Mariano Rajoy defende que a tarefa de lidar com a imigração ilegal deve ser uma responsabilidade compartilhada com o bloco europeu.

FC/efe/dpa