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MÍDIA AMERICANA QUESTIONA SE DEU ATENÇÃO DEMAIS AO PASTOR RADICAL

18 de setembro de 2010

Atenção dada pela mídia ao pastor radical americano, ameaça da UE de punir a França e a questão do ingresso da Turquia na UE foram os temas que mais despertaram o interesse dos nossos leitores esta semana. Dê uma lida!

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Foto: AP

Parece que finalmente alguém se deu conta da idiotice que foi dar espaço a uma pessoa como esta. E não é só este caso. Muitas das coisas que são feitas têm como principal fator motivador a necessidade de a mídia transformar qualquer coisa em espetáculo.

Se aquele pastor não tivesse tantos holofotes, com certeza nem a totalidade de seus 50 seguidores tomaria conhecimento da palhaçada. E mais: em virtude do risco a que expôs os demais concidadãos, ele deveria ser processado por ameaça à segurança norte-americana.
Gladimir Guimarães Granada

Pois bem, Terry Jones conseguiu atrair a atenção internacional para si, que era mesmo o que ele queria. Não é a primeira vez que se tenta ou se ameaça queimar livros sagrados.

Em 1553, no dia 9 de setembro, o cardeal Caraffa, futuro papa Paulo 4°, ordena que seja queimado publicamente o Talmud, fato este ocorrido exatamente no primeiro dia do Rosh Hashaná (o Ano Novo judaico).

Todavia, ocorre com o Alcorão uma peculiaridade: ele é o sincretismo de duas religiões monoteístas, ou seja, o judaísmo e o catolicismo, de modo que sua queima por algum ensandecido ou fanático ofenderá não só a Torá, mas também a Bíblia.

Por fim, muito devemos ao Islã, especialmente em ocasiões nas quais nossos antepassados receberam asilo em terras mulçumanas.
Francisco Carlos Marrocos

Creio que a mídia americana começou a ponderar que o lucro com a venda de jornais em decorrência da veiculação de notícia sensacionalista será bem menor que o prejuízo às vendas causado pela reação à divulgação do fato em todo o mundo, com lançamento de algum ataque terrorista. Tristes capitalistas de visão curta.
Jorge

UE AMEAÇA PUNIR A FRANÇA POR DEPORTAÇÕES DE MIGRANTES ROMA
Essa de a França expulsar os ciganos é uma atitude vergonhosa e desumana. Um país de Primeiro Mundo fazer uma coisa bárbara dessas está parecendo um país governado por ignorantes. O respeito humano é cristão, e não abrimos mão disso.

Os ciganos são seres humanos como qualquer um de nós, merecem respeito e têm o direito de morar onde quiser. Quanto ao governo francês, o que dá a entender é que ele está querendo aparecer e ficar famoso com a desgraça desse pobre povo.
Mauricio Joffre da Silva

PARLAMENTO EUROPEU CONDENA DEPORTAÇÃO DE MIGRANTES ROMA PELA FRANÇA

Engraçado que na política um põe o bedelho na casa do outro. Se a França fez o que fez, por que ficar discutindo sobre isso? Sarkozy tem de cuidar da casa dele, como Angela Merkel tem de cuidar da Alemanha e assim por diante.

Mas os que criticam não buscam um meio de integrar os roma ou outras minorias à sociedade europeia.

Engraçado é que todo mundo sabe que a maioria dos imigrantes causa problema, mas, em vez de resolver os problemas de uma vez por todas, ficam jogando a sujeira pra debaixo dos tapetes e brincando de ser "politicamente correto".
C.Gestacker (Alemanha)

UE QUER A TURQUIA PRÓXIMA DA EUROPA, MAS ADESÃO SEGUE EM ABERTO

Por quanto tempo mais a União Europeia vai postergar o ingresso da Turquia? Mas esta tende a direcionar suas pretensões a outra via estratégica que parece mais realista e menos retórica: conquistar por si só e sem ajuda de seus parceiros do Oeste o status de potência que lhe é de direito.

Certamente, a oposição de algumas nações à aprovação da candidatura turca demonstra que a Europa ainda reluta em lidar com o mundo mulçumano de maneira digna, preferindo delegar aos turcos uma parceria de segunda categoria que lhes impõe exigências, mas, em troca, faz pouquíssimas concessões concretas.

É impossível pensar o futuro do bloco sem a integração da Turquia. A UE deve deixar de tratá-la como um Estado-tampão que preserva os europeus das questões explosivas no Oriente Médio. Do contrário, a paciência da república secular não irá esperar eternamente pela complacência de seus vizinhos ocidentais.
Vlademir Monteiro