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Líderes mundiais elogiam escolha de Santos para Nobel da Paz

7 de outubro de 2016

Merkel diz que prêmio "dá força para prosseguir no caminho da paz". Kerry afirma que processo ainda pode ser bem-sucedido. Para Temer, distinção é "orgulho não só para os colombianos, mas para toda a região".

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Líderes mundiais elogiam esforços de Santos em trazer paz à Colômbia, após mais de 50 anos de conflitos com as Farc
Líderes mundiais elogiam esforços de Santos em trazer paz à Colômbia, após mais de 50 anos de conflitos com as FarcFoto: Reuters/Handout/Colombian Presidency

Líderes de várias nações enviaram nesta sexta-feira (07/10) suas felicitações ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em razão de seus esforços para pôr fim a mais de 50 anos de conflitos entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Leia mais: Santos dedica Nobel da Paz ao povo colombiano

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, parabenizou Santos e disse acreditar que o processo iniciado com as Farc ainda pode superar os obstáculos e ser bem-sucedido após a rejeição ao acordo no referendo de domingo passado.

"Quero felicitar o presidente Juan Manuel Santos em nome de todo o país pelo Prêmio Nobel da Paz, por seus corajosos esforços para tentar levar a paz à Colômbia", disse Kerry, ao lado de seu colega francês, Jean-Marc Ayrault, no Departamento de Estado dos EUA, em Washington.

Kerry acrescentou que falará nesta sexta-feira com o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, um dos principais defensores do "não" no referendo de domingo, para tentar determinar como é possível ajudar que os esforços para um novo acordo sejam bem-sucedidos. Uribe cumprimentou seu sucessor pela conquista do Nobel da Paz. "Desejo que conduza as mudanças nos pontos do acordo que são danosos para a democracia", afirmou pelo Twitter.

O presidente Michel Temer saudou a concessão do prêmio a seu colega colombiano e a considerou "um justo reconhecimento a seus esforços em favor da paz". Temer parabenizou Santos através de sua conta no Twitter, manifestando sua "alegria" por essa decisão, que na sua opinião é motivo de orgulho não só para os colombianos, mas para toda a região".

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, que também era cogitada para o prêmio, cumprimentou o presidente colombiano, afirmando que ele "possibilitou à toda a região a esperança necessária e fundamental para pôr fim ao derramamento de sangue. O Nobel da Paz dá força para prosseguir por esse caminho".

O presidente do governo espanhol, Felipe González, considerou a decisão acertada. "Para mim é uma grande alegria, mas sobretudo é a satisfação de acreditar que este prêmio possa contribuir para a continuidade do processo e encerrá-lo com êxito", acrescentou.

Além de Merkel e Gonzales, outros líderes europeus também fizeram homenagens ao colombiano. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, enviou os parabéns "desde o continente da paz a um país onde a paz está amanhecendo".

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, festejou a escolha, afirmado que "o prêmio homenageia o esforço de meu amigo Juan Manuel Santos junto às Farc e encoraja a busca pelo acordo de paz".

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, disse que a premiação foi "muito merecida" em razão da "coragem e do comprometimento" de Santos durante as negociações com a guerrilha.

O alto escalão da ONU também elogiou a concessão do prêmio a Santos. O secretário-geral Ban Ki-moon disse, em comunicado, que a premiação de Santos "oferece a esperança e o alento necessários para os colombianos" num momento crítico no país.

O prêmio, segundo afirmou, diz a todos os envolvidos nas negociações de paz que "chegaram longe demais para voltar atrás. O processo de paz deve servir de inspiração para o mundo".

O alto-comissário da ONU para os Refugiados, Filipo Grandi, disse que a decisão do Comitê do Nobel reconhece a coragem política de Santos. "Estou seguro que o momento político difícil que se atravessa, após a rejeição do acordo de paz no plebiscito, será superado", afirmou. 

O líder máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como Timochenko, que chefiou as negociações do acordo de paz em nome do grupo guerrilheiro, afirmou também através do Twitter que o único prêmio a que sua organização aspira é a "paz com justiça social para a Colômbia, sem paramilitarismo, sem retaliações".

As Farc afirmaram que aceitam revisar os termos do acordo e continuar com o cessar-fogo. Os negociadores da guerrilha disseram que vão ouvir os membros da oposição colombiana, mas que as conversações devem avançar.

RC/ap/afp/efe/dpa/rtr