Líderes alemães e russos encontram-se em Weimar
8 de abril de 2002Mais de 150 personalidades dos meios político, econômico e cultural da Alemanha e Rússia participam, desde esta segunda-feira (8), do segundo "Diálogo de Pertersburgo", na cidade de Weimar (leste alemão). O encontro de lideranças da sociedade civil começou um dia antes da reunião governamental marcada para esta terça-feira. O objetivo do diálogo é aprofundar as relações teuto-russas fora do âmbito da política oficial, incentivar a criação de parcerias entre cidades e o intercâmbio entre os dois países.
Nesta terça-feira (9), o chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, e o presidente russo, Wladimir Putin, encontram-se na cidade natal de Goethe. Paralelamente ao "Diálogo de Petersburgo", realizam-se até quarta-feira várias reuniões entre os principais ministros dos dois países em Weimar.
Aproximação
- Antes de embarcar para a Alemanha, Putin declarou em Moscou, que pretende intensificar a aproximação com o ocidente. "A cooperação com o ocidente corresponde a nossos interesses nacionais. Antes de tomar qualquer decisão importante, consulto diplomatas, líderes políticos e militares russos. Por isso, a aproximação com o ocidente não é uma política de Putin e, sim, uma política da Rússia", disse.Em entrevista a correspondentes alemães, Putin justificou a guerra na Chechênia como parte da luta internacional contra o terrorismo. "Bandidos, com armas nas mãos, que não quiserem se entregar, serão aniquilados", disse.
Direitos humanos
- Na Conferência Anual da Comissão dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra, o embaixador dos Estados Unidos, Kevin Moley, acusou, nesta segunda-feira, a Rússia e outros dez países de violarem os direitos humanos. "Soldados russos e chechenos cometem atos cruéis uns contra os outros e contra a população civil", denunciou.Os outros dez países acusados de violação dos direitos humanos pelos EUA são a China (cujo presidente está visitando a Alemanha), Iraque, Irã, Coréia do Norte, Cuba, Simbabwe, Sudão, Vietnã, Burma e Haiti.